Um dos grandes atributos do Bitcoin e das criptomoedas é sua capacidade de permitir que valores circulem por todo o mundo de forma muito mais rápida, segura e barata que no sistema financeiro tradicional. Com os criptoativos, remessas financeiras podem ser feitas até mesmo em segundos, não importando as distâncias entre o remetente e o destinatário. Em particular, a Ripple vem desenvolvendo projetos e parcerias para viabilizar uma rede global de transferências instantâneas usando criptomoedas e blockchain. Mas quem ganhou as machetes nesta semana por conta da facilidade de ser transacionado globalmente não foi o XRP, e sim o próprio Bitcoin.
A principal criptomoeda do mercado viu uma transação, no bloco 578.327, com um total de 144.076,47 BTCs ou cerca de US$1,25 bilhão, no momento da escrita, que foram transferidos de uma ponta a outra com um custo de apenas US$19,42 em taxas. Pouco tempo depois, uma outra transação registrada no bloco 578.328 continha mais uma fortuna em Bitcoins e transferiu outros 157.157.457,61 BTCs no valor estimado de US$1,35 bilhão, novamente com uma taxa em torno de US$20.
Os fundos pertenciam à Binance e antes de serem transferidos, Changpeng Zhao, conhecido como CZ, CEO e cofundador da exchange, tuitou que a exchange realizaria a transferência entre suas carteiras offline.
Caso esta transação fosse feita pelo Paypal, segundo o Paypal fee calculator, CZ teria que pagar US$75.400.000,30 em taxas.
Recentemente, como mostrou o CriptoFácil, uma pesquisa conduzida pela Diar, empresa especializada em análises com criptomoedas, revelou que durante o mercado de baixa de 2018, as baleias, que são endereços com grandes quantidades de Bitcoin armazenados, acumularam mais de 450 mil Bitcoins. Desta forma, segundo a empresa, 25% de todo o Bitcoin em circulação está concentrado em endereços com mais de 1.000 BTC.
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