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Binance é “viveiro de atividades financeiras ilegais”, dizem senadores dos EUA

A Binance, mais uma vez, está diante de acusações de promover atividades ilegais. Um grupo bipartidário de três senadores dos Estados Unidos disse que a maior exchange de criptomoedas do mundo é “um viveiro de atividades financeiras ilegais”. Além disso, pediu que a empresa sob liderança de Changpeng Zhao (CZ) respondesse a uma lista de perguntas e enviasse uma série de documentos.

“A Binance e suas entidades relacionadas burlaram propositadamente os reguladores, transferiram ativos para criminosos e sonegadores de sanções e ocultaram informações financeiras básicas de seus clientes e do público”, disseram em carta divulgada na quarta-feira (1º) os senadores Elizabeth Warren, Chris Van Hollen e Roger Marshall.

Senadores pedem que Binance enviem balanço

O documento em questão, ao qual o Wall Street Journal teve acesso, teve como destinatários o CEO da Binance, CZ, e seu principal vice nos EUA, Brian Shroder. No documento, os senadores mencionaram uma série de reportagens que abordaram questões jurídicas e financeiras envolvendo a empresa.

Além dos questionamentos, o grupo pediu que CZ e Schroder enviem cópias dos balancetes da Binance desde 2017, bem como estimativas do número de usuários baseados nos Estados Unidos em suas plataformas durante esse período.

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Ainda, solicitaram documentação das políticas e procedimentos anti lavagem de dinheiro da Binance e informações sobre a relação da empresa global com a unidade nos EUA, a Binance.US. 

Por fim, pediram que eles enviem também quaisquer comunicações sobre supostos esforços de CZ para limitar a conformidade da Binance. Os senadores pediram uma resposta até 16 de março.

Empresa nega as acusações

Um porta-voz da Binance disse à CoinDesk que “sempre” responde a perguntas das autoridades nas jurisdições em que opera. Contudo, o representante negou as acusações existentes na carta.

“Muita informação errada foi espalhada sobre nossa empresa e estamos ansiosos para corrigir o registro”, disse o porta-voz.

De acordo com o representante da exchange, a entidade global Binance.com não opera e nem tem clientes nos EUA. Em vez disso, a empresa conduz os seus negócios no país por meio de sua subsidiária Binance.US .

De qualquer forma, a empresa disse que “fornecerá informações” para ajudar os senadores a entender melhor por que a exchange continua sendo “a plataforma mais confiável para usuários em todo o mundo”.

Veja abaixo o posicionamento da Binance enviado ao CriptoFácil:

“A Binance detém licenças ou registros em 15 países, incluindo dois membros do G7. Infelizmente, muita desinformação tem sido espalhada sobre nossa empresa e esperamos corrigir essas informações. Como uma exchange regulamentada globalmente, recebemos questionamentos de autoridades nas jurisdições nas quais operamos regularmente e sempre respondemos na tentativa de explicar nossas operações comerciais e cooperar com nossos reguladores.

A Binance.com não opera nos Estados Unidos, nem tem clientes nos Estados Unidos, no entanto, respeitamos o pedido dos senadores e vamos fornecer informações para ajudá-los a entender melhor o porquê continuamos a ser a plataforma mais confiável e com usuários ativos em todo o mundo”.

Binance pode cortar laços com EUA

No mês passado, conforme noticiou o CriptoFácil, uma fonte anônima disse è Bloomberg que a Binance está considerando cortar laços com os EUA. Isso porque o país vem intensificando a repressão quanto às empresas de cripto.

De acordo com essa pessoa, a exchange está avaliando encerrar relações com parceiros de negócios dos EUA. Isso inclui, por exemplo, bancos e empresas de serviços do país. A Binance pode até mesmo deslistar tokens de projetos baseados nos EUA, incluindo a USDC da Circle. Mas não há planos para que a Binance.US deixe de operar no país.

“Dada a incerteza regulatória em andamento em certos mercados, revisaremos outros projetos nessas jurisdições. O objetivo é garantir que nossos usuários estejam protegidos de qualquer dano indevido”, disse CZ em fevereiro.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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