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Bens do “Faraó dos Bitcoins” podem não ser usados para pagar clientes lesados

Em agosto do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Kriptos, que culminou com a prisão de Glaidson Acacio dos Santos.

Conhecido como “Faraó dos Bitcoin”, Glaidson é dono da empresa GAS Consultoria Bitcoin, que atuava em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.

Na ocasião da ação, os agentes também apreenderam bens, dinheiro e criptomoedas pertencentes a Glaidson.

Bens de Glaidson, o Faraó dos Bitcoins

Nesse sentido, a expectativa dos clientes que deixaram de receber os repasses de 10% ao mês que a empresa prometia era que a Justiça usasse esses bens para reembolsá-los. Contudo, isso não deve acontecer, segundo apurou o GLOBO.

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Isso porque a Justiça entende que os valores que a PF apreendeu — que incluem R$ 400 milhões em criptomoedas, imóveis, veículos e joias — têm origem ilícita.

Dessa forma, a juíza do caso, Rosália Figueira, titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, acredita que é mais provável que os bens vão para a União.

Segundo a magistrada, parte dos bens não tem origem comprovada. Por isso, podem pertencer a quadrilhas de milicianos ou a traficantes de drogas, de acordo com os investigadores da Polícia Federal.

Suspensão das ações contra a GAS

No final de maio, conforme noticiou o CriptoFácil, a juíza Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, suspendeu todas as ações contra a GAS, em caráter liminar, pelo período de 180 dias corridos.

A juíza deu ainda 30 dias para a apresentação de um processo de recuperação judicial da empresa. Contudo, ainda não decidiu se vai ou não aceitar o plano.

Conforme destacou a magistrada, a decisão visa “evitar que a empresa seja levada à bancarrota, e os consumidores e investidores sejam prejudicados”.

Além disso, a juíza determinou a suspensão de penhoras, arrestos, sequestros e bloqueios judiciais sobre os ativos de Glaidson.

Isso inclui bens, por exemplo, valores, contas bancárias e exchanges de criptomoedas. A ideia era que esses ativos servissem para o “reembolso aos investidores e/ou credores”. No entanto, pelas novas informações, parece pouco provável que isso aconteça.

Recuperação judicial

Em paralelo a isso, tramita na Justiça estadual uma ação para a recuperação judicial do grupo de Glaidson.

Ainda segundo o GLOBO, o advogado Sergio Zveiter, administrador judicial do caso, desaconselhou um pedido de transferência de bens. Isso até que a Justiça consiga descobrir a origem dos bens.

Zveiter disse que os advogados de Glaidson devem apresentar outros recursos para ressarcir os milhares de clientes.

Enquanto isso, o advogado de Glaidson, David Figueiredo, informou que ele pretende apresentar no processo de recuperação outros ativos além dos da Operação Kriptos.

De acordo com Figueiredo, Glaidson “sempre quis pagar as obrigações com os credores. Mas foi impedido pela Justiça Federal”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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