Bancos não adiam prazos de pagamento como informado e sobem os juros

No dia 17 de março, o CriptoFácil noticiou sobre um comunicado da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) sobre uma extensão de 60 dias em prazos de pagamento prometida pelos maiores bancos do país. A medida, de acordo com a FEBRABAN, tem como objetivo reduzir os impactos causados pelo surto de coronavírus.

Contudo, segundo uma publicação do UOL do dia 27 de março, os bancos não estão seguindo conforme informado. Além disso, estão acrescentando juros às propostas já praticadas por eles.

Bancos não seguem como combinado

Segundo a reportagem, os canais de atendimento apontados pela FEBRABAN e pelas instituições bancárias não funcionam, bem como gerentes afirmam não saber sobre a extensão. Correntistas afirmam ainda que as prorrogações, na verdade, são um novo financiamento ou novo contrato – com os juros aumentados.

Um dos clientes do Itaú disse à reportagem que o banco não atende aos canais de comunicação, enquanto uma cliente do Santander afirma ser constantemente direcionada para a central, que não atende alegando falta de atendentes disponíveis.

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Já um cliente da Caixa aponta para um despreparo da instituição bancária, afirmando não saberem de débitos ou questões relacionadas a extensões de prazo. O Bradesco, por sua vez, afirmou ser impossível adiar prazo de pagamento de dívidas em 60 dias e não sabe sobre a proposta – oferecendo ao cliente um refinanciamento com juros maiores. Por fim, clientes do Banco do Brasil afirmam que o serviço oferecido já existia, que não tem a ver com um adiamento de cobrança.

Sobre o refinanciamento, os bancos alegaram que para registrar a prorrogação no sistema, é necessário classificar a operação como refinanciamento. Empresas também seus valores estão dificultando empréstimos e aumentando juros, com casos em que a taxa chega a subir em 2,5x. O Banco Central também declarou que houve um aumento nos juros, bem como um encurtamento no prazo de financiamento por parte dos bancos.

Cuidado com juros adicionais

Ione Amorim é economista e especialista em assuntos financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), e a mesma aconselha que consumidores tenham cuidado na hora de verificar as taxas cobradas. Segundo Amorim, o correto seria o consumidor não assumir juros por conta de uma possível suspensão no prazo de pagamento.

Os bancos mencionados na reportagem, sem exceção, afirmaram estar cumprindo a prorrogação dos prazos. Contudo, Bradesco, Caixa e Itaú afirmaram que os juros serão novamente calculados por conta da suspensão do período de pagamento.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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