De acordo com quatro decisões publicadas no Diário de Justiça do Distrito Federal (DJDF) nesta terça-feira, 17 de março, uma quadrilha que atuava em Brasília fraudando contas bancárias do Banco de Brasília (BRB) lavou parte das quantias obtidas com criptomoedas.
As quatro decisões se deram sobre pedidos de habeas corpus para a soltura de membros da quadrilha, desmantelada pela Operação XCoderX da Polícia Civil do Distrito Federal no início de fevereiro de 2020.
Chefe da quadrilha adquiriu criptomoedas com o dinheiro
A quadrilha atuavam em quatro estados brasileiros, e o último banco fraudado ao longo de 10 anos foi o BRB. O golpe consistia em entrar em contato com correntistas do banco utilizando o mesmo número da instituição, afirmando para o cliente da instituição bancária que sua conta foi fraudada.
Um código QR deveria então ser enviado pelo WhatsApp, para que o banco pudesse “resolver o problema”. Neste momento, os membros da quadrilha ganhavam acesso às contas, transferindo valores para “laranjas” e fazendo compras para disfarçar a fraude.
De acordo com uma passagem do Delegado titular da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, citada na fundamentação da decisão prolatada sobre um dos pedidos de habeas corpus:
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“A investigação policial apurou que os membros da organização se espalham pelos estados de Santa Catarina, São Paulo e Paraíba e pelo Distrito Federal. Consta que a organização criminosa movimentou milhões de reais ao longo de mais de dez anos, proveito obtido em centenas de crimes praticados contra correntistas de diversas instituições financeiras. Contra correntistas do Banco de Brasília, estima-se prejuízo aproximado de um milhão de reais. Os líderes teriam adquirido apartamentos e automóveis de luxo, além de dólares e criptomoedas.”
A decisão não menciona quais as criptomoedas adquiridas pelos líderes da quadrilha, contudo, nota-se que há patrimônio oculto por trás de moedas digitais.
Ademais, nenhum dos quatro pedidos de liberdade pleiteados foi concedido.
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