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Bancos nacionais aderem à blockchain e clientes poderão usar a tecnologia em breve

No Brasil, o setor de fintechs foi o primeiro a abraçar a blockchain e buscar implementar provas de conceito utilizando a tecnologia com a finalidade de desenvolver novas aplicações para modernizar procedimentos já existentes. Já em 2015, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) criou o Grupo de Trabalho Blockchain para pesquisar e desenvolver iniciativas no setor com a finalidade de disponibilizar novas soluções para seus mais de 120 bancos associados.

Hoje, três anos depois da iniciativa da Febraban e nove anos de existência do Bitcoin, o setor de fintechs nacional continua aquecido e segue em tendência de alta, uma vez que as primeiras soluções, desenvolvidas aqui ou não, começam a ganhar novo corpo e procedimentos que vão de transferência internacional de dinheiro até negociações com contratos de derivativos de balcão começam a chegar até os clientes.

Como tem acompanhado o Criptomoedas Fácil, diversos bancos nacionais e internacionais que operam no Brasil têm apresentado soluções em blockchain. O Santander, por exemplo, já disponibilizou aos clientes o One Pay FX, uma solução que permite o envio de dinheiro para o Reino Unido por meio da blockchain da Ripple e a primeira impressão do banco sobre a aplicação é positiva:

“O tempo máximo até agora foi de duas horas, lembrando que uma transferência tradicional costuma levar de três a cinco dias”, disse Richard Flávio da Silva, superintendente executivo de tecnologia do Santander ao jornal Valor.

Em parceria entre Banco do Brasil, Banrisul, Caixa Econômica Federal, SICOOB e Santander também trabalha em uma solução blockchain para transferência de dados e fundos entre os usuários dos cinco bancos. Além disso, no Brasil, a Ripple também está trabalhando com o Itaú em soluções para o controle das margens de transações de derivativos. O banco, como revelamos, também protagonizou, junto com a Stratum CoinBr e a SmartCash, a transação mais rápida já registrada até hoje de uma compra de criptomoeda com fiat, por meio de uma transferência bancária e tendo o cliente recebido o cripto-ativo direto na sua wallet.

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Já o Bradesco faz testes piloto envolvendo em especial as plataformas R3, Corda, Hyperledger e Quorum, a aplicação mais citada é o “Bradesco Push Service”, ainda sem data para entrar em produção.

“Nossa proposta é criar uma rede blockchain com tecnologia R3 Corda para envio de mensagens para correntistas e não correntistas avisando se houve ou não determinado pagamento”, diz George Marcel, especialista responsável por blockchain no Bradesco.

O Criptomoedas Fácil também já mostrou que o Banco Central do Brasil, embora crítico feroz do Bitcoin, vem buscando implementar a blokchain utilizando a plataforma do Ethereum no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), mas talvez o desenvolvimento mais notável seja o do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que possui três iniciativas comandadas por Gladstone Arantes Junior e Vanessa Almeida, uma delas com a Ancine, outra relacionada com o Fundo Amazônia e a mais popular que envolve a criação de um token próprio em Ethereum para operações de financiamento do banco.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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