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Os hacks a protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) em 2022 aumentaram quase oito vezes em comparação com 2021.
De acordo com a plataforma DeFi Immunefi, o setor de DeFi tem sido o alvo preferido de hackers. Somente no primeiro trimestre deste ano, mais de US$ 1,22 bilhão foram identificados como roubados de plataformas DeFi.
Isso corresponde a um aumento de 7,9 vezes quando comparado aos cerca de US$ 154,6 milhões roubados no mesmo período de 2021.
Mais de 77% do valor de US$ 1,22 bilhão decorre do hack de US$ 625 milhões à Ronin Network, do Axie Infinity. Além disso, outro hack milionário foi o de US$ 326 milhões da ponte de blockchain Wormhole em fevereiro deste ano.
Os números podem parecer ruins, mas a Immunefi disse que não é tão ruim quanto parece. Conforme destacou o CEO da Immunefi, Mitchell Amador, o resultado é positivo pois está aumentando a segurança do setor.
“Embora as coisas pareçam ruins, elas estão de fato ficando cada vez melhores no lado da segurança”, disse.
O segundo trimestre deste ano viu ataques menos severos contra protocolos.
Entre os principais hackes, Amador destacou o roubo de US$ 100 milhões da ponte de cadeia cruzada Horizon da Harmony. Ele também citou o roubo de US$ 180 milhões do protocolo algorítmico de stablecoin Beanstalk.
“Houve muitos erros. Vulnerabilidades de consenso que vimos em blockchains de camada 1. Mas todos foram corrigidos com sucesso”, disse Amador.
Apesar do progresso, porém, a ameaça não está diminuindo.
“Esses [hacks contínuos] são fundamentalmente um problema insolúvel”, disse o CEO.
Ainda de acordo com ele, já se sabia que “as coisas iriam nessa direção pois onde há dinheiro há hackers”: “Comparado com as tendências globais, mesmo alguns bilhões de dólares são uma gota no balde”, disse.
Estimativas recentes de perdas globais exclusivamente por fraude de pagamento somam cerca de US$ 32,4 bilhões. Enquanto isso, o mercado global para detecção e prevenção de fraudes é da ordem de US$ 25 bilhões este ano
O cibercrime como um todo custará ao mundo cerca de US$ 6,9 trilhões em 2022, de acordo com a consultora Cybersecurity
Portanto, mesmo que o DeFi explore US$ 3,5 bilhões até o final do ano, isso representaria 0,05% do volume global de crimes cibernéticos.
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