Categorias Notícias

Argentina usará blockchain para registrar reatores nucleares

A Argentina, país que possui um acordo nuclear com o Brasil, anunciou que registrará peças de reatores nucleares usando a blockchain da RSK.

A iniciativa é de uma empresa argentina que desenvolveu uma plataforma que permite, por meio do upload de informações em blockchain, rastrear todos os elementos que compõem um reator nuclear.

Até o momento, a solução é a primeira a usar a tecnologia nesse tipo de indústria.

Blockchain

Chamada de NuclearisTrack a plataforma foi desenvolvida pela Nuclearis.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

A empresa, que começou a operar em uma garagem em 2008, é especializada na fabricação de componentes e na busca de soluções de engenharia para a indústria de energia nuclear.

O produto fabricado pela empresa é conhecido como anel de vedação. Esse componente funciona como uma barreira de contenção do circuito primário nos canais de resfriamento nos núcleos dos reatores.

Eles fabricam os anéis de vedação usados ​​pelas usinas nucleares argentinas Atucha I e II. Além disso, seu plano de expansão prevê a abertura de escritórios comerciais nos Estados Unidos e na China.

NuclearisTrack

O sistema anunciado pela empresa, o NuclearisTrack, é construído na rede RSK. Portanto, permite a criação de contratos inteligentes e dApps protegidos com o poder de computação do Bitcoin.

“Não temos nada a ver com criptomoedas, mas vimos que a blockchain poderia ser usada para o setor nuclear”, disse Santiago Badran, CEO da empresa.

Já o CTO da Nuclearis, Sebastián Martínez, destacou a importância da rastreabilidade na indústria nuclear:

“O componente de um reator nuclear que não pode ser comprovado com documentação não tem valor”, afirmou.

Isso porque, segundo ele, “a documentação garante a qualidade de cada documento utilizado. E, portanto, a confiabilidade de toda a usina nuclear”, disse.

A ideia da Nuclearis é que, como aconteceu com as normas ISO 9001, chegue-se ao ponto em que o registro de dados em uma blockchain seja algo exigido pelas usinas nucleares.

Desta forma, caso isso aconteça, quem não cumprir esse procedimento será excluído do mercado por falta de interesse em trabalhar com ele.

Leia também: Estados Unidos vão dar recompensa para quem invadir blockchain da Monero

Leia também: Tribunal de Contas cria guia sobre blockchain focado nos gestores

Leia também: Confira os cinco criptoativos que mais se valorizaram durante a semana

Compartilhar
Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

This website uses cookies.