Argentina e Brasil lideram uso de DeFi na América Latina, revela relatório

As plataformas DeFi, que prometem revolucionar o mercado financeiro, estão em franca ascensão. O Brasil está entre os países que mais utilizam essas soluções descentralizadas. Na América Latina, o Brasil só fica atrás da Argentina em termos de uso de protocolos DeFi.

Já no ranking global da empresa de análise de blockchain Chainalysis, a nação figura na 17ª colocação e a Argentina na 16ª. Os líderes globais são Estados Unidos, Vietnã e Tailândia.

De acordo com Paulo Aragão, especialista em criptomoedas e cofundador do CriptoFácil, o relatório só demonstra a força que o mercado brasileiro tem atualmente no setor de criptoativos:

“O público brasileiro já está entendendo os ganhos de se expor aos criptoativos. Ele está receptivo a novas tecnologias, como é o caso do DeFi. A tendência é, a meu ver, o Brasil escalar mais algumas posições nos próximos relatórios sobre este tema.”

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Adoção de DeFi no mundo

De acordo com a publicação da Chainalysis, o crescimento de DeFi tem sido um dos maiores na indústria cripto nos últimos 18 meses.

Na prática, as finanças descentralizadas operam de forma autônoma sem a necessidade de intermediadores, de forma inovadora.

Isso porque as plataformas são construídas em blockchains movidas por contratos inteligentes. Esses “smart contracts” podem cumprir funções financeiras específicas determinadas por um código.

“Neste ano, decidimos criar um novo índice geográfico classificando os países especificamente pela adoção de DeFi. O índice de Adoção de DeFi é projetado para destacar os países com a maior adoção por indivíduos, em vez daqueles que enviam os maiores valores brutos de fundos”, detalhou.

O Índice é composto por três métricas aplicadas aos 154 países analisados. 

Segundo a empresa, vale notar que muitos dos países com classificação mais alta são os que também têm altos volumes de valor de criptomoeda movimentados, tanto atualmente quanto historicamente.

Assim, são nações que tendem a possuir uma renda média ou alta ou países com mercados de criptomoedas já desenvolvidos.

Os países de destaque exemplificam essas tendências: EUA, China, Vietnã, Reino Unido e outros da Europa Ocidental.

Ainda de acordo com a Chainalysis, de abril de 2019 até junho de 2020, a grande maioria do tráfego da web para os protocolos DeFi veio da América do Norte. Mas a partir de setembro de 2019, a Europa Ocidental começou a ganhar espaço.

Por volta de junho de 2020, houve mais tráfego de outras regiões, especialmente na Ásia Central e Meridional.

DeFi é usado por participantes do mercado cripto

Os dados do relatório mostram que grandes transações representam uma parcela muito maior da atividade do DeFi.

Conforme destacou a empresa, isso sugere que DeFi é desproporcionalmente popular entre grandes investidores em comparação com as criptomoedas em geral.

“Grandes transações institucionais, ou seja, aquelas acima de US$ 10 milhões foram responsáveis ​​por mais de 60% das transações DeFi no segundo trimestre de 2021, em comparação com menos de 50% para todas as transações de criptomoedas”, observou a Chainalysis.

Segundo o líder do protocolo DeFi dydx, David Gogel, os negociantes em grande escala têm sido os maiores usuários:

“No momento, DeFi é voltado para usuários de criptomoedas”, disse ele. “São pessoas que estão no setor há algum tempo e têm fundos suficientes para experimentar novos ativos. No longo prazo, com a queda dos preços do Gas ETH, ele se tornará acessível a mais pessoas”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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