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Aprovado pelo Senado, novo presidente do Bacen estuda Bitcoin e defende blockchain

Na noite desta terça-feira, 26 de fevereiro, o Senado Federal aprovou o economista Roberto Campos Neto como novo presidente do Banco Central do Brasil (Bacen), substituindo o então presidente Ilan Goldfajn. A notícia alimentou esperança de um novo cenário para a indústria de criptomoedas e blockchain no Brasil, afinal, diferente de seu antecessor, Campos Neto não vê no Bitcoin um esquema ponzi e destacou em sua carta ao Senado a importância da blockchain.

“Tenho estudado e me dedicado intensamente ao desenho de como será o sistema financeiro do futuro. Participei de estudos sobre blockchain e ativos digitais. Uma das contribuições que espero trazer para o Banco Central é preparar a instituição para o mercado futuro, em que as tecnologias avançam de forma exponencial, gerando transformações mais aceleradas”, afirmou na carta que encaminhou ao Senado.

O economista tem passagem pelo Santander, no qual foi responsável pela tesouraria de toda a América Latina, cargo que, segundo ele, lhe permitiu iniciar um projeto global de inovação tecnológica que culminou com a criação de um Banco Digital, o SuperDigital.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo Ministro de Economia Paulo Gudes, Campos Neto, Campos Neto obteve 55 votos no Senado (seis contrários e uma abstenção). Na mesma sessão, o Senado aprovou os nomes de Bruno Serra Fernandes para a Diretoria de Política Monetária e de João Manoel Pinho de Mello, que assumirá a Diretoria de Organização do Sistema Financeiro.

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Mello, um dos novos diretores do Banco Central, também frisou em sua audiência no Senado a importância da blockchain e destacou que tanto a cadeia de blocos, como inteligência artificial, identidade digital, pagamentos instantâneos e open banking “estão alterando os modelos de negócios e os serviços financeiros”.

“A tecnologia resolverá, cedo ou tarde, quaisquer problemas concorrenciais que possam haver no mercado bancário, não só brasileiro como em outros países. A evidência sugere que a tecnologia está derrubando barreiras à entrada e retirando as vantagens competitivas que a escala dá ao modelo bancário tradicional.Para nos aproveitarmos desse enorme potencial, a regulação dos mercados de crédito e capitais têm que facilitar que a tecnologia floresça”, destacou, segundo o jornal Valor Econômico.

“A onda de inovação e de mudanças em andamento vai definir o ambiente financeiro do futuro”, disse o novo diretor, que também fez uma ampla defesa da concorrência no sistema financeiro como forma de se reduzir os juros em empréstimos no país e elogiou a XP Investimentos, cujos sócios abriram também uma plataforma de negociação de criptomoedas, a XDEX.

“A XP é um empresa inovadora que desafia instituições tradicionais no mercado de investimentos” e disse que o BC “impediu que o investidor tenha qualquer ingerência na administração e na gestão das operações da XP, garantindo que ela continue desafiando as instituições tradicionais”, finalizou.

Leia também: Nome indicado por Bolsonaro e Paulo Guedes para a presidência do Bacen quer priorizar blockchain

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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