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Após desistir do Twitter, Elon Musk planeja criar rede social baseada em blockchain

O bilionário Elon Musk desistiu de comprar o Twitter, mas não de ter a sua rede social. E agora, o criador da Tesla poderá utilizar a tecnologia blockchain para isso. Essa possibilidade circulou após a divulgação de uma carta de 40 páginas supostamente escrita por Musk.

Na carta, o CEO relata sua visão a respeito das características que uma rede social precisa ter, e assim como no caso do Twitter, Musk defendeu a privacidade dos usuários e a descentralização. Além disso, o CEO afirmou que a rede social deve ter um sistema de pagamentos, como uma criptomoeda.

“Acho que precisamos de uma nova empresa de mídia social baseada em blockchain e que inclua pagamentos. “Eu tenho uma ideia para um sistema de mídia social em blockchain que faça pagamentos e mensagens por links curtos, como [T]witter. Você tem que pagar uma pequena quantia para registrar sua mensagem na cadeia, o que eliminará a grande maioria do spam. Não há garganta para sufocar, então a liberdade de expressão é garantida”, disse Elon Musk.

Ou seja, os planos de Musk são basicamente os mesmos que o bilionário tinha para o Twitter, caso a negociação tivesse avançado. Elon divulgou a mensagem de texto para seu irmão, o empresário Kimbal Musk em 9 de abril.

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No entanto, a mensagem se espalhou e passou a atrair muita visibilidade. Do investidor anjo Jason Calacanis e a personalidade da televisão americana Gayle King, passando pelo controverso apresentador de podcast Joe Rogan. Todos apoiaram a ideia de Musk e até manifestaram interesse como investidores.

Twitter em uma blockchain

Em março, antes das reflexões de Musk sobre blockchain, o fundador da Tesla recebeu uma mensagem de texto do filósofo e autor William MacAskill. Na ocasião, MacAskill disse que o empresário Sam Bankman-Fried, fundador da exchange de criptomoedas FTX também estava “potencialmente interessado em comprar” o Twitter.

De acordo com MacAskill, a intenção de Bankman-Fried era a mesma de Musk: fazer do Twitter uma ferramenta “melhor para o mundo.” MacAskill então compartilha o número da SBF caso Musk esteja interessado em discutir um “esforço conjunto nessa direção”. Em seguida, o bilionário respondeu com uma pergunta: “ele tem grandes quantias de dinheiro?”

As mensagens de texto que se seguiram indicam que Bankman-Fried pode ter falado com Musk no início de abril, antes de Musk manifestar interesse em incorporar blockchain a uma plataforma de mídia social para seu irmão Kimbal Musk.

Em 9 de abril, Kimbal respondeu dizendo que “pesquisou fundo na Web3” e seus “poderes de voto são incríveis e verificados”. Os direitos de voto podem servir para expulsar os golpistas, disse Kimbal, referindo-se a outra razão pela qual Musk queria comprar o Twitter.

“Blockchain impede que as pessoas excluam tuítes. Prós e contras, mas que comecem os jogos!” Kimbal disse ao irmão. Coincidentemente, Elon queria que o Twitter permitisse a edição de mensagens após a publicação.

Kimbal também sugere explorar um token digital nativo para o Twitter que os usuários terão que manter em uma carteira para poder postar mensagens. O token “não precisa ser caro”, disse Kimbal, acrescentando que “vai crescer em valor com o tempo”.

Compra fracassou

Coincidência ou não, as ideias de Musk podem ganhar forma agora que o empresário desistiu da compra do Twitter. Musk fez sua primeira proposta em abril, oferecendo US$ 44 bilhões pela compra de todas as ações da rede social.

Embora o fundador do Twitter, Jack Dorsey, tenha apoiado a oferta de aquisição, as coisas rapidamente azedaram entre Musk e Parag Agrawal, CEO do Twitter. O bilionário acusou a rede social de não ter transparência sobre o número de contas falsa. O conselho do Twitter, por sua vez, disse que Musk estava arrumando desculpas para não honrar o acordo.

Por fim, o bilionário retirou a oferta da mesa e desistiu da acusação, mas foi processado pelo conselho de administração do Twitter.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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