Economia

Antes de pedir recuperação judicial, confira quem negou ajuda à FTX

Desde que os problemas da FTX se tornaram públicos, Sam Bankman-Fried, então CEO da empresa, tentou salvar a exchange. Com um rombo bilionário, ele tentou angariar empréstimos em várias fontes, todos em vão. De acordo com analistas, Sam Bankman-Fried (SBF) agiu tarde demais, pois quando os problemas da empresa se tornaram públicos, ninguém mais queria mais se envolver com a FTX.

Antes de ligar para Changpeng Zhao (CZ), CEO da Binance, SBF ligou para a Coinbase. Como não obteve sucesso, ele teria ligado para a OKX, que também lhe negou ajuda. Além disso, ele também teria procurado diversos bilionários americanos, inicialmente pedindo US$ 1 bilhão e depois US$ 8 bilhões. Ele mesmo chegou a comentar, em um tópico no Twitter, que estava conversando com vários “players”.SBF também teria recorrido à empresa norte-americana Apollo Capital, sem obter sucesso.

O escrutínio regulatório dos EUA e o potencial manuseio incorreto dos fundos dos clientes foram os motivos da recusa. Além disso, o colapso do token FTT no qual estavam baseados todos os fundos e recursos da empresa, complicou ainda mais a situação.

‘Falência’ da FTX

Hoje, o valor patrimonial da FTX é quase zero. Ao mesmo tempo, seu nome está associado a aspectos negativos, como o uso de fundos de clientes para negociações externas. A exchange só perdeu clientes desde que o conflito com a Binance surgiu.

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Além disso, o ex-chefe de vendas institucionais Zane Tackett disse que apenas 10% dos fundos de clientes são lastreados em ativos líquidos. Ou seja, de acordo com as informações, 90% dos fundos dos clientes tinha sido usados pela empresa.

Tackett confirmou a insolvência da empresa e disse que sua equipe estava “completamente no escuro” sobre a crise. Ele também garantiu que a exchange nunca teria fundos suficientes para apoiar as retiradas dos clientes.

Ainda surgiram rumores de que Bankman-Fried pretendia arrecadar cerca de US$ 1 bilhão do fundador da Tron, Justin Sun. Mais US$ 1 milhão viriam da exchange de criptomoedas OKX e US$ 2 milhões de um consórcio de fundos de investimento.

Da mesma forma, a mídia indicou que o CEO da FTX estaria contando com US$ 1 milhão da Tether Holdings Limited. Para dissipar os rumores, o CTO da empresa, Paolo Ardoino, informou que a Bitfinex “não tem planos de investir ou emprestar dinheiro à FTX, nem à Alameda”.

O mesmo aconteceu com Haider Rafique, CEO da OKX, que se distanciou da FTX. “As criptomoedas estão aqui para ficar, para verdadeiros construtores e crentes nos criptoativos”, observou ele.

Porém, depois de “passar o chapéu” e voltar com ele mais vazio do que antes, SBF entrou com pedido de recuperação judicial.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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