Recentemente, o Bitcoin (BTC) voltou a renovar sua máxima histórica em diversas exchanges. No entanto, ele não conseguiu manter o ritmo e continuar com novas valorizações.
Isso não significa que os traders tenham ficado pessimistas com a criptomoeda. Pelo contrário, eles continuam otimistas.
Por conta disso, está se tornando cada vez mais necessário revisar algumas das principais métricas que os traders profissionais usam para avaliar a atividade nos mercados.
Em um texto para o Cointelegraph Brasil, o analista Marcel Pechman traz quatro dessas métricas que demonstram o otimismo dos traders:
O prêmio de futuros mede quanto os contratos futuros de longo prazo são caros em relação ao preço atual nos mercados tradicionais.
Esse indicador sofreu uma forte volatilidade na semana passada. Enquanto o preço do Bitcoin atingia sua máxima, o prêmio dos futuros atingiu 2% — um nível bastante alto.
Apesar das quedas recentes, o indicador tem se mantido na faixa de 1% nos últimos dias. Para Pechman, isso é um indício de otimismo do mercado.
“Apesar da queda de 14% no preço (do Bitcoin), o indicador se manteve acima de 0,8%. Geralmente, os investidores veem esse nível como otimista, e hoje podemos ver que o preço do Bitcoin atingiu uma nova alta acima de US$ 19.900”, disse.
Os contratos perpétuos têm uma taxa embutida, que costuma ser cobrada a cada oito horas. Essas taxas garantem que não haja desequilíbrios de risco cambial.
Taxas sustentáveis acima de 2% na semana se traduzem em otimismo extremo. Este nível é aceitável durante as altas do mercado, como a que vimos recentemente.
Porém, em momentos de queda no preço isso pode ser um problema, especialmente para quem opera alavancado. Quedas inesperadas podem levar a grandes liquidações no mercado.
Novamente, Pechman destaca que o indicador se manteve em uma posição saudável mesmo com as quedas.
“Apesar da recente corrida de alta, a taxa de financiamento semanal conseguiu permanecer abaixo de 2%. Esses dados indicam que, embora os traders se sintam otimistas, os compradores não foram superalavancados. Da mesma forma, durante a queda de preço de US$ 1.400 em 26 de novembro, o indicador manteve um nível neutro saudável”, disse.
Além dos mercados futuros, o mercado de opções também causa impactos no preço do Bitcoin. Segundo Pechman, oscilações entre -15% (um pouco de alta) a + 15% (um pouco de baixa) são típicas e esperadas.
Por isso, os traders devem monitorar situações mais extremas. Elas podem indicar que os criadores de mercado não estão dispostos a assumir riscos de qualquer um dos lados.
Segundo o gráfico abaixo, em novembro os traders de opções não estão dispostos a assumir posições expondo-se contra uma alta. Em outras palavras, não estão apostando na queda do Bitcoin.
Portanto, os traders consideram o momento atual uma situação bastante otimista.
Neste indicador, é possível verificar se as atividades de opções estão mais concentradas na compra ou na venda do ativo subjacente.
De modo geral, as opções de compra são usadas para estratégias de alta, enquanto as opções de venda são usadas para as de baixa.
Segundo Pechman, um indicador de 0,70 indica que as opções de venda em aberto ficam 30% mais atrasadas que as opções de venda. Portanto, ele indica alta.
Por outro lado, um indicador de 1,20 favorece as opções de venda em 20%. Isso pode ser considerado como uma interpretação de baixa por parte dos traders.
“O nível atual de 0,64 mostra que há uma falta de pessimismo por parte dos traders profissionais. Com o preço acima de US$ 19.500 novamente, quase todos os investidores querem saber se o Bitcoin tem força suficiente para quebrar seu recorde histórico esta semana. Do ponto de vista da negociação de derivativos, nada o impede”, afirmou Pechman.
Leia também: Bitcoin é o “superpredador do mercado financeiro”, afirma veterano
Leia também: XRP busca os R$ 5,10 antes do hard fork Flare, avisa trader
Leia também: Retorno dos mortos? SUSHI valoriza 27% em 24 horas
This website uses cookies.