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Análise gráfica de brasileiro mostra que o Bitcoin pode cair para US$1 mil no pior cenário

2018 foi um ano difícil para o Bitcoin e para todo o mercado de criptoativos, que vivenciou uma forte desvalorização ao longo dos últimos 12 meses, o que levou até mesmo grandes empresas do setor a anunciarem a redução em suas equipes. No entanto, com a passagem do ano, os preços anunciaram uma pequena correção (valorização) e o BTC passou a ser negociado acima de US$4 mil, trazendo novamente a esperança de um novo rali à medida em que promessas de de ETF baseados em Bitcoin se renovam.

Porém, o hype não foi suficiente para sustentar os suporte e o mercado voltou a cair. Segundo o especialista brasileiro em análise gráfica Tasso Cardoso Lago, que também trabalha na unidade da IBM no Rio de Janeiro, no curto e médio prazo, a projeção do mercado é de manter o preço do Bitcoin entre US$3 e US$4 mil, entretanto, se uma tendência maior de baixa se consolidar, os preços do Bitcoin podem chegar até US$1 mil no pior cenário.

Lago cita que os gráficos indicam que passamos por um período de adoção, no qual criptomoedas e blockchain têm que provar as funcionalidades que afirmam possuir e, segundo o especialista, isso vem acontecendo principalmente por meio de aplicações como Lightning Network e a expansão da Ripple que vem se firmando como uma opção real ao sistema de pagamentos tradicional Swift.

“A Lighning Network está sendo ampliada diariamente e sua velocidade de crescimento é exponencial. A capacidade de transação da rede (movimentação de dinheiro) está aumentando a fim de resolver os problemas de escalabilidade e, as otimizações, envolvem questões do consumo elétrico. As taxas estão em patamares irrisórios e em velocidade praticamente instantânea. Por outro lado, Ripple está ganhando mercado e ameaçando a Swift, isso é gigante, uma vez que Swift detinha todas as operações de emissão de remessa mundial”, destacou o analista.

Para ele, o hard fork adiado no Ethereum também sinaliza um novo momento nos projetos de criptomoedas, pois mostra que as propostas podem ser atualizadas ao longo do tempo, atendendo a condições novas que o ecossistema apresenta. Além disso, a expectativa com a Bakkt, a Nasdaq e um ETF de Bitcoin, mantém viva a confiança no mercado, à medida em que mostra o interesse do capital institucional pela indústria de criptomoedas. De acordo com Lago, essas, entre outras razões, mantém um sentimento positivo em torno do mercado dos criptoativos, que por um lado não é positivo o bastante para impulsionar um novo rali, mas também pode impedir quedas bruscas nos preços.

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No entanto, caso este sentimento positivo não seja suficiente para conter sell-off e o Bitcoin romper um suporte de baixa em torno de US$2.800, o analista prevê que o valor do BTC pode derreter novamente e chegar até mesmo a US$1 mil no pior cenário.

Caso ocorra a perda da MA200 (zona de US$3200-3300) o próximo suporte seria os US$2800. Caso a gente perca esse suporte, estaremos no cenário onde os US$1 mil é mais provável. Acredito que as zonas de suporte para compra visando o longo prazo estão entre US$3200-3400 e US$2800, com resistências importantes em US$4 mil, US$4.300 e US$5.100″, destacou.

Para Lago, em uma análise feita a pedido do Criptomoedas Fácil, os preços do Bitcoin devem se comportar desta forma:

No gráfico Mensal: Presenciamos uma queda vertiginosa desde dezembro/2017 e os indicadores começam a mostrar lateralização (tanto o MACD e RSI). No mês passado, fechamos com um candle que tocou no nosso suporte em US$3200 e subiu, demonstrando força compradora e isso é um sinal de reversão. Porém esta não será dada rapidamente, o esperado é uma lateralização por algum período, onde entraremos na fase chamada de acumulação.

No gráfico Semanal: Nós seguramos o preço na Média Móvel de 200 Períodos (MA200) e, ela é um importante ponto de apoio para o preço do Bitcoin. O MACD no Semanal demonstra perda de força vendedora e isso é um bom sinal, pois nos diz que o apetite da força vendedora está diminuindo e, consequentemente, nossa queda pode estar perto do fim. Caso a gente feche o gráfico semanal abaixo da nossa MA200 teremos um período muito mais difícil para o mercado de criptomoedas.

No gráfico diário: Destacamos aqui que o preço está extremamente afunilado e com muitas resistências. Teremos um cenário de muitos desafios para uma possível subida e ficaremos mais tranquilos quando o preço ultrapassar dos US$4000, onde veremos um horizonte menos turbulento e poderemos ver uma alta até os US#4200-4300 e posteriormente US$4900-5100.

Leia também: Analistas brasileiros não acreditam em uma nova alta no preço do Bitcoin antes de 2020

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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