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Alta dos juros nos EUA pode impulsionar valorização do Bitcoin, diz analista

Durante as últimas semanas, o preço do Bitcoin (BTC) sofreu com os temores de que o banco central dos Estados Unidos (Fed) aumentaria a taxa de juros. Nesse sentido, a criptomoeda, como outros ativos de risco, poderia sofrer com a volatilidade do mercado.

Entretanto, o analista Caleb Franzen emitiu uma opinião diferente desse consenso. Para ele, a criptomoeda e as taxas de juros dos EUA já estão diretamente conectados. Com isso, um aumento nos juros pode acabar impulsionando um novo rali de alta.

Quebrando o senso comum

A princípio, Franzen esclarece que a relação entre as taxas de juros e ativos de risco é, de fato, inversamente proporcional. Segundo ele, quando os juros dos títulos de 10 anos do governo norte-americano sobem, a bolsa tende a cair. Da mesma forma, a queda dos juros beneficia as ações.

Portanto, o BTC, na qualidade de ativo de risco (segundo a visão de mercado), seguiria este mesmo padrão. Mas Franzen mostra que a criptomoeda está começando a se comportar não como um ativo de risco, mas sim de proteção.

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Por isso, o BTC não estaria mais sendo influenciado pela taxa de juros dos EUA, como ocorre nas bolsas de valores. De fato, o analista revelou que a criptomoeda e as taxas de juros estão cada vez mais interligadas.

“A correlação entre o Bitcoin (velas) e títulos do Tesouro de 10 anos (linha azul) desde meados de 2020 é estranha. Perfeita sobreposição e essas relações quantitativas não estão sendo discutidas. Para a tendência de alta continuar, as taxas precisarão subir ainda mais?”, questionou.

Ainda de acordo com o analista, esta correlação é única e não existe em nenhum outro ativo de risco. O fato, destaca Franzen, é que os juros baixos foram positivos para o BTC. Mas com a normalização das taxas a partir de 2022, o analista destaca que a inflação deve ser o novo fator de alta em 2022.

Alta de preços definirá tendência do BTC

Portanto, se não há correlação entre o BTC e a taxa de juros, a criptomoeda não está mais sendo vista como um ativo de risco, mas sim como ativo de proteção. Para Franzen, um ativo contra a inflação, que atingiu recordes nos EUA em 2021.

Esses recordes, por sua vez, estão forçando o Fed a elevar os juros para conter a alta nos preços. Mas, ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas passam a adotar o BTC como reserva de valor.

Conforme visto anteriormente, aumentos na taxa de juros levam à venda de ativos de risco, como bolsa. Este dinheiro, por sua vez, é direcionado em busca por ativos de proteção. Neste cenário, o BTC pode receber parte desses influxos de liquidez em busca de proteção.

Apesar de soar estranho, cada vez mais pessoas utilizam o BTC como proteção, sobretudo em países mais pobres. Se esta realidade também ocorrer nos EUA, a alta demanda combinada com a escassez do BTC pode fazer os preços explodirem.

“Mais do que qualquer outra coisa, isso pode ser uma prova que o Bitcoin está funcionando como uma cobertura contra a inflação. Se a inflação continua a aumentar em 2022, as ações antecipadas pelo Fed para acelerar o processo de cônicas e levantamento provavelmente farão com que as taxas se movam mais alto”.

Contudo, Franzen alerta que essas são apenas conjecturas. Afinal, não há como saber quando (ou se) o Fed aumentará os juros, nem de quanto será este aumento. Mas a relação entre o BTC e os títulos de 10 anos provavelmente será um dos fatores de atenção para 2022.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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