Que o desempenho do Bitcoin é superior ao do índice de ações dos Estados Unidos (S&P 500) não é uma novidade. No entanto, a criptomoeda também tem apresentado menos volatilidade que as ações.
A informação partiu de um relatório feito pela gestora VanEck na sexta-feira (20). Segundo ela, entre um quarto e um terço das ações listadas no S&P 500 são mais voláteis que o BTC.
“Embora o Bitcoin seja considerado um ativo nascente e volátil fora dos mercados tradicionais de ações e capitais, a realidade mostra um cenário diferente. A maior criptomoeda do mundo é negociada com volatilidade comparável àquela de algumas das maiores empresas do mundo”, disse a VanEck.
No acumulado do ano, um total de 29% das ações do S&P 500 experimentaram flutuações de preços mais voláteis do que o BTC. Já nos últimos 90 dias, o número foi de 22%.
De fato, a volatilidade geral do Bitcoin tem sido bem menor em 2020. O gráfico abaixo mostra a evolução dessa volatilidade nos últimos dez anos.
O período atual é um dos mais “estáveis” na história do Bitcoin.
Ainda mais impressionante é o fato da pesquisa da VanEck ter sido feita com um ativo que está fora de sua especialidade: o ouro.
Dos quase US$ 50 bilhões em ativos sob gestão de VanEck, cerca de R$ 270 bilhões na cotação atual, a maioria está relacionada a fundos de ouro.
A empresa tem grande histórico neste mercado. Ela criou o primeiro fundo de ações de ouro em 1968 (INIVX).
Além disso, é dela o primeiro fundo negociado em bolsa (ETF, na sigla em inglês) voltado para mineradores de ouro. Trata-se do GDC, criado em 2006.
No entanto, mesmo com grande experiência em ouro, a VanEck já explorou o mercado de Bitcoin. Ela tentou obter a aprovação de um ETF de Bitcoin em 2018. No entanto, a proposta foi retirada em 2019.
Atualmente, a VanEck oferece um ETF de Bitcoin exclusivo para investidores institucionais. Porém ela ainda tenta obter autorização para criar um ETF público.
No início de 2020, a VanEck divulgou um relatório defendendo o uso do Bitcoin como estratégia para incrementar portfólios.
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