Ações da Cogna (COGN3) podem derreter, aponta banco

Após a Cogna (COGN3) divulgar números abaixo se suas expectativas, o BTG Pactual diminuiu seu preço-alvo para as ações. Dessa forma, com recomendação “neutra”, preço-alvo caiu de R$ 5,40 para R$ 4 – uma diminuição de 26%.

Portanto, o novo valor sugere que Cogna não tem mais para indo ir esse ano, já que está bem próximo do preço atual – hoje cotadas as R$ 3,84. De acordo com Yan Cesquim e Samuel Alves, analistas do BTG, o corte poderia ter sido maior.

Contudo, o IPO da Vasta serve como piso para precificação da Cogna, que é sua controladora.

“Seguindo o recente processo de reestruturação anunciado pela companhia, os resultados do quarto trimestre mostram que mais ajustes podem ser necessários.”

– afirmam os analistas do banco.

Além disso, o BTG Pactual disse que o nível de endividamento da Cogna também deve ser analisado. De acordo com os analistas, mesmo se retirarmos os eventos não recorrentes, a relação dívida líquida/EBITDA ajustado fica em 3x.

Claro, considerando o acumulado dos últimos 12 meses.

Contudo, há um problema aí. Acontece que se esse nível de endividamento se manter por mais um trimestre – o que o BTG considera uma possibilidade bem provável – a Cogna infringirá seus covenants.

Isto é, o conjunto de indicadores financeiros combinados com seus credores. Dessa forma, terá que renegociar suas dívidas, ou mesmo seus próprios covenants.

O desempenho da Cogna

Durante o quarto trimestre de 2020, a receita líquida da Cogna caiu 15%, somando R$ 1,6 bilhão. De acordo com a companhia, tal queda se deve à pressão no segmento de ensino superior e as menores vendas ao PNLD.

Já o EBITDA ficou negativo em R$ 100,5 milhões, portanto, com margem EBITDA de -6,1%. Por fim, o prejuízo líquido ajustado da Cogna (COGN3) somou R$ 589,2 milhões no período.

Assim sendo, indo de encontro ao lucro de R$ 51,6 milhões em igual período do ano anterior. Clique aqui e saiba mais sobre o desempenho da companhia no trimestre.

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