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Ação brasileira cai mais de 60% em apenas 2 dias; entenda o caso

As ações da empresa brasileira Fertilizante Heringer (FHER3) levaram a emoção das criptomoedas para a B3. Desde a segunda-feira (14), o papel acumula uma queda superior 60% em sua cotação.

Inicialmente, as ações tiveram uma queda de 43,34%, cotadas a R$ 26,50 na segunda. No pregão desta terça-feira (15), um novo susto: as ações chegaram na mínima de R$ 16,70 às 11h30, ou seja, uma queda de 36,98%.

Ao longo do dia a Heringer registrou uma forte volatilidade. Posteriormente, a ação recuperou parte das perdas, operando, neste momento, a R$ 21,74 – uma queda de 18,15%.

Segundo especialistas ouvidos pelo portal Seu Dinheiro, dois fatores explicam o desempenho errático da ação. Junto com uma forte valorização no ano, a situação econômica da Heringer é bastante complicada.

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Alta digna de criptomoedas

Em 2021, as ações da Heringer comportaram-se de forma análoga a de muitas criptomoedas. No início do ano, a ação valia apenas R$ 3,48 e imediatamente explodiu ao longo do ano. Em sua máxima, a Heringer chegou a valer R$ 47 por ação, uma alta de 1.440% em menos de seis meses.

O atual período de correção teve início justamente nos últimos dois pregões, nos quais a perda acumulada é de 61,49% até o momento. Entretanto, o papel ainda registra uma valorização de 581% mesmo após as correções.

Trata-se de um movimento brusco, ainda que não seja inesperado. Na visão dos especialistas, a queda ocorreu na mesma intensidade que a valorização do papel.

Como se não bastasse a volatilidade, a Heringer enfrenta um processo de recuperação judicial desde o ano passado. Empresas desse tipo tendem a apresentar maior volatilidade em suas ações, como mostram os exemplos recentes da Oi e da MMX.

Ao passo que suas ações se valorizam, a empresa teve melhoras nos seus resultados de curto prazo. Houve uma forte geração de Ebitda no primeiro trimestre de 2021: R$ 103,8 milhões, ante R$ 3,425 milhões em 2020. A receita líquida cresceu 91,5% no período, para R$ 741,29 milhões.

CVM na mira da empresa

A queda nas ações da empresa chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que cobrou explicações da empresa pelo que chamou de “movimentações atípicas” no preço da ação.

Esse tipo de cobrança é comum e, de acordo com a CVM, visa coibir possíveis suspeitas de manipulação de mercado. No caso das criptomoedas, por exemplo, não existe tal mecanismo, uma vez que o mercado não é controlado por nenhuma autarquia e opera 24 horas por dia.

As ações da Heringer negociaram a uma média de R$ 94 milhões na segunda, volume considerado baixo. A título de comparação, o volume das ações da Vale (VALE3) atinge cerca de R$ 340 milhões no mesmo período.

Em março, a companhia respondeu que não havia identificado nenhum fato ou ato que justificasse a movimentação dos papéis, mas destacou que a baixa liquidez pode ter causado as movimentações.

“Devido a baixa liquidez das ações, é natural que as ações da Companhia apresentem maior oscilação diária de preço e volume de negociação em função de pequenas movimentações’, disse.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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