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A Libra não se espalhará tão rapidamente quanto o Facebook, afirma vice-presidente da Calibra

Kevin Weil, vice-presidente de produtos da Calibra, carteira digital da criptomoeda Libra do Facebook, afirmou que a proposta da Libra não se tornará viral como uma plataforma de mídia social e levará décadas para ser lançada. A afirmação foi feita durante a conferência de tecnologia Web Summit:

“Isso não vai se espalhar como uma rede social. Este será o trabalho não de anos, mas de décadas, e vale a pena fazer”.

Conforme retratado na reportagem da CNBC, a empresa está sob intensa pressão regulatória desde que anunciou seus planos para lançar uma criptomoeda em junho. A Associação Libra, um consórcio com sede na Suíça que supervisiona o projeto, já perdeu vários apoiadores, tal como a Mastercard e a Visa, no mês passado devido à reação dos reguladores.

Apesar das saídas, Weil está otimista quanto ao interesse de outras empresas em ingressar na Libra.

“18 meses atrás, isso foi uma ideia, hoje temos 21 organizações fantásticas comprometidas que são membros da Associação Libra; um monte mais que estão procurando estar envolvidas. Então, espere que esse número continue a crescer.”

O valor da Libra estaria vinculado à uma cesta de moedas e dívidas do governo para manter seu valor estável, semelhante às muitas “stablecoins” que buscam evitar a volatilidade observada por criptomoedas como Bitcoin. O Facebook diz o principal caso de uso para a Libra seria para remessas, quando as pessoas enviam dinheiro através das fronteiras.

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Em seguida, Weil afirmou que a Libra resolveria o problema atualmente envolvido no envio de dinheiro para o exterior, alegando que a taxa média de remessas é de cerca de 7% do valor total da transação.

Uma das principais preocupações entre algumas figuras políticas e regulatórias é o fato do Facebook ter sido até agora a organização líder na iniciativa da moeda digital. O chefe da rede social Mark Zuckerberg disse que o Facebook “seria forçado a deixar” a associação se os membros votassem para avançar sem as autorizações necessárias.

“Haverá pessoas que não se sentirão confortáveis ​​usando um produto financeiro criado pelo Facebook”, disse Weil, acrescentando que não há problema em se sentirem assim. “Você não precisa usar um produto do Facebook para obter o maior valor da acessibilidade e menor custo trazido pelo ecossistema da Libra.”

A ideia é que a Calibra seja a maneira do Facebook de fazer negócios com a Libra, utilizando-a com sua carteira digital na qual os usuários poderão armazenar e trocar fundos. Weil disse que existirão muitas outras carteiras de empresas pequenas e grandes que podem incorporar a Libra.

Leia também: Cinco países da União Europeia juntam-se contra a Libra do Facebook

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Julia Santos

Estudante de engenharia e entusiasta do mundo da blockchain e criptomoedas

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