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Nesta semana, a taxa básica de juros brasileira (Selic) sofreu sua maior elevação em 10 anos. Com isso, os rendimentos dos títulos de renda fixa tiveram uma leve melhora em seus rendimentos.
Tal movimento, porém, ainda não teve impacto significativo. O dólar opera em queda, mas o Bitcoin segue cotado acima dos R$ 320 mil. Então, o que esperar dessa elevação.
De uma coisa podemos ter certeza: a renda fixa seguirá com rendimentos fracos. Por outro lado, as finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) oferecem excelentes oportunidades.
Sim, as DeFi ainda são mais arriscadas do que a renda fixa tradicional. Ao mesmo tempo, elas oferecem rendimentos até 500% superiores do que a Selic. Vamos conhecer cinco protocolos que podem ser boas oportunidades para obter rendimentos.
O COMP é um protocolo de mercado monetário algorítmico. Ele permite aos usuários ganhar juros ou emprestar ativos em troca de uma garantia.
Qualquer pessoa pode fornecer ativos para o pool de liquidez. Feito isso, imediatamente a pessoa começa a ganhar juros compostos continuamente. As taxas se ajustam automaticamente com base na oferta e na demanda.
Neste momento, o protocolo está pagando uma taxa anual de 6,26%. O protocolo já possui US$ 6,8 bilhões em valor alocado. Na cotação atual, são cerca de R$ 36,7 bilhões.
Embora não seja um protocolo puramente DeFi, a ADA tem adotado algumas características deste mercado. E com novos avanços em sua plataforma de contratos, o preço da criptomoeda tem avançado.
A ADA também oferece um bom rendimento. A mineração da criptomoeda está pagando 7,06% ao ano. Com isso, o valor total alocado já supera os US$ 29 bilhões, cerca de R$ 156 bilhões na cotação atual.
A dYdX é uma plataforma de negociação que permite aos usuários emprestarem várias criptomoedas. Entre as principais disponíveis na plataforma estão Ether (ETH) e as stablecoins Dai e USDC.
As taxas de juros variam de acordo com a criptomoeda e com a oferta e demanda. Os juros acumulam-se continuamente e são pagos aos credores. Uma taxa de 5% é cobrada e destinada para o fundo de seguro da dYdX.
Em média, o protocolo paga uma taxa de juros de 9,84% ao ano. O valor alocado em empréstimos no protocolo chega a US$ 234 milhões, ou R$ 1,2 bilhão na cotação atual.
Também focado e empréstimos, a AAVE é um dos protocolos DeFi que mais cresceram em 2020. Ele chegou a ser uma das vinte maiores criptomoedas em valor de mercado.
Com tal crescimento, as taxas de juros da AAVE estão entre as maiores do mercado. O protocolo paga uma taxa média de 13,62% atualmente. Ele possui cerca de US$ 5,1 bilhões em valor alocado. Em reais, isso equivale a R$ 27,5 bilhões.
O Cream foi resultado de uma divisão ocorrida na rede da COMP. Por isso, suas funcionalidades são semelhantes.
Seu foco é listar tokens que são relevantes e importantes para o ecossistema DeFi, como stablecoins e tokens de governança. Outros tokens, como ETH, Chainlink (LINK) e renBTC também estão disponíveis.
No entanto, o protocolo foi vítima de uma série de ataques de hackers em fevereiro e março. Isso abalou a confiança dos usuários, fazendo a rede ter uma forte queda em valor de mercado e no preço do token.
Neste momento, os empréstimos no Cream possuem um rendimento médio de 14,89% ao ano. O protocolo possui US$ 203 milhões em valor alocado, cerca de R$ 1,1 bilhão na cotação atual.
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