O mercado de Bitcoin brasileiro deu um importante passo em direção aos investidores tradicionais.
Nesta sexta-feira (17), a QR Management, gestora da holding QR Capital, anunciou a aprovação do primeiro ETF de Bitcoin do Brasil e da América Latina.
A negociação do fundo na B3 foi concedida, na quarta-feira (17), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As transações de BTC serão realizadas sob a sigla QBTC11.
No momento de escrita desta matéria, o Bitcoin está cotado a R$ 323,7 mil.
Negociação de BTC na B3
Com autorização da CVM, o Brasil torna-se o quarto país do G20 a viabilizar negociações de Bitcoin em bolsas de valores.
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Em comunicado encaminhado ao CriptoFácil, Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, disse enxergar o ingresso na B3 como um “marco de inovação do mercado de capitais brasileiro”:
“Observo um amadurecimento do mercado, em busca constante por garantir opções seguras e muito simples de exposição ao Bitcoin.”
Alcançando investidores conservadores
O ETF de Bitcoin na bolsa brasileira vai além da expansão de uma empresa do setor. O feito provoca movimentação entre os investidores conservadores.
Aqueles que antes tinham dúvidas quanto aos investimentos em criptomoedas, agora poderão adquirir BTC na forma convencional.
Especialistas dizem que este tópico pode influenciar investidores, que se sentem mais seguros e confortáveis com ações na bolsa tradicional.
Além disso, Carvalho acredita que o fato do QBTC11 funcionar como um duplo hedge atrairá investidores para o fundo.
“O ativo [digital] acaba atuando como duplo hedge, por ser uma commodity digital e, ao mesmo tempo, ser negociado em dólar no mercado mundial. Seu preço é pouco correlacionado com outras classes de ativos […] sendo adotado por grandes gestores e investidores.”
Exemplos para a SEC
Após aprovação do ETF de Bitcoin e de um ETF de criptomoedas na B3 na última quarta-feira (17), o Brasil se junta à seleta lista de países que negociam criptoativos em bolsas de valores.
Dentro deste cenário, Carvalho acredita que a decisão de liberação da CVM pode intensificar a pressão de investidores estadunidenses à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, sigla em inglês).
“Com a aprovação de ETFs […] a novidade ganha força para ser implementada também nos EUA.”
Recentemente, a SEC aceitou a avaliação do ETF de Bitcoin da VanEck. A entidade reguladora tem 45 dias para analisar o pedido.
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