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Xdex divulga relatório sobre mercado de Bitcoin em 2018

A Xdex, plataforma de criptomoedas dos sócios da XP Investimentos, divulgou nesta sexta-feira, 08 de fevereiro, um relatório sobre o mercado de Bitcoin e criptoativos em 2018. A retrospectiva, assinada pelo XDEX Research, possivelmente um braço de pesquisa da empresa, é divida em cinco frentes: Fundamentos, Tecnologia e Desenvolvimento, Investimento e Regulação.

Em relação a preço e mercado, o relatório abre com um comparativo entre o ano de 2018 e 2017, analisando tanto o Bitcoin quanto o Ethereum e destaca qu, ao longo do ano passado, mesmo com a queda massiva no valor de mercado, o BTC continuou na liderança entre as principais criptomoedas.

Detalhado e com informações relevantes, o documento produzido pela Xdex também destaca as várias “bolhas” do Bitcoin ao longo da história e conclui que, “quando analisadq pelo gráfico em escala logarítmica, a cotação do Bitcoin mostra uma trajetória mais suavizada. Os recordes e as quedas são seguidas por novos ciclos de altas e baixas, mas sempre num patamar superior ao do início do rally”, diz o documento.

Ainda em relação ao preço, a restrospectiva destaca que após alta de 87 vezes em 2017, o Ether sofreu uma queda de 80%.

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“Dentre os demais blockchains em atividade, o ativo do Ethereum liderou as atenções do mercado com uma alta de mais de 8600% em 2017, chegando à máxima histórica de US$1.400 em janeiro de 2018. Enquanto o bitcoin já iniciara seu processo de correção, as altcoins bateram seus recordes em janeiro, período em que a dominância do bitcoin alcançou o menor patamar em dois anos ao redor de 30%. A alternância no topo do mercado onde o ether tomaria o lugar do bitcoin por valor de mercado, o chamado ‘flippening’, era esperada por muitos analistas como natural e até mesmo inevitável, o que acabou não ocorrendo. Com o fim da febre dos ICOs (Initial Coin Offerings) e o cerco dos reguladores a essas emissões de potenciais ‘valores mobiliários’, o preço do ether acabou sendo fortemente impactado”, analisa.

Sobre o Brasil, a Xdex conclui em sua análise que os volumes negociados seguem a tendência mundial e que o ano de 2018 viu, nacionalmente, um aumento na concorrência, com o surgimento, somente no ano passado, de 23 novas exchanges, elevando o número de platafomas no Brasil para 35 (estimativas independentes apontam 72).

“Em termos de market share, Foxbit liderou o mercado no ano cheio, porém perdeu a liderança em dezembro, caindo para 4º lugar”, relata.

“Volatilidade é uma medida de risco, e uma das principais marcas dos criptoativos, em geral, e do bitcoin, em particular, é justamente a volatilidade. Mas qual a intensidade desse índice? Usando a métrica da volatilidade histórica em 30 dias (calculada pelo desvio padrão dos retornos nos últimos 30 dias), podemos medir a intensidade de oscilação de preço do bitcoin. Volatilidade elevada significa altas variações no preço do ativo (para cima ou para baixo), não importa a direção. Tudo o mais constante, quanto maior o volume de negociação, menos volátil será o ativo. No curto prazo, sentimento, incertezas, turbulências podem causar surtos de volatilidade. Em 2017, ela entrou em trajetória de alta, culminando, em dezembro, no maior nível desde 2013”, destaca.

O documento também destaca o aumento do interesse, ao longo de 2018, por investidores de Wall Street sobre o mercado de criptoativos e mostra como os volumes de negociação de contratos futuros da CME e as expectativas em torno da Bakkt aumentaram em 2018.

Analisando o interesse sobre Bitcoin medido por pesquisas e dados do Google Trends, o material mostra também que os recordes de uso do BTC coincidiram com os recordes de preços.

O documento ainda traz análises sobre endereços ativos, valor da Rede Bitcoin, uso da blockchain do BTC para outros fins, como o realizado pela empresa VeriBlock, quantidades de transações diárias e os desenvolvimentos da Lightning Network.

Além disso, destaca como o ano passado viu a “proliferação” das stablecoins, e faz uma análise bem minuciosa da rede Ethereum, com as propostas de implementação surgidas e as atividades dos dapps no ano. Também fala, brevemente, sobre Beam e Grin, as primeiras implementações do protocolo Mimblewimble.

Entre os principais acontecimentos de 2018 no campo da regulmaentação, o relatório destaca as publicações e determinações do G20, as decisões da SEC e da CFTC nos EUA e, no caso nacional, as decisões da CVM e da Receita Federal, além da criação das duas associações para o setor, a ABCB e a ABCripto.

“Depois de uma enorme euforia em 2017 e no início de 2018, o mercado inverteu a tendência e adentrou definitivamente no chamado bear market. Embora esteja sendo um período difícil, especialmente àqueles que entraram na expectativa de retornos estratosféricos e imediatos, é um momento necessário e saudável para o amadurecimento e evolução da tecnologia e do ecossistema como um todo. Do ponto de vista da tecnologia, os fundamentos nunca estiveram melhores. As redes estão mais robustas e resilientes, e novos desenvolvimentos garantirão a escalabilidade sustentável dos principais blockchains. Contudo, é preciso refletir e colocar em perspectiva o real significado e potencial de uma tecnologia de base, fundacional, como a do bitcoin. Frequentemente, equiparamos o início desta invenção com o da era comercial da internet, lá nos idos de 1994.
A analogia é adequada, mas o período comparado, não. Na verdade, o estágio da tecnologia do bitcoin é mais bem comparável à década de 1970 ou 1980 da internet, quando os protocolos base (como o TCP/IP) ainda estavam em franco desenvolvimento e nem tinha-se notícia de www ou browsers (as aplicações que realmente catapultaram a rede em meados dos anos 1990). Em 1969, a primeira mensagem enviada pela internet dizia ‘LO’. O objetivo era enviar “LOGIN”, mas o sistema acabou crashandoantes. Em janeiro de 2009, Satoshi Nakamoto enviou sua primeira transação a Hal Finney. Esse foi o ‘LO’ do bitcoin. Ainda estamos no início do início”, finaliza Fernando Ulrich, analista-chefe da Xdex.

Você pode conferir o relatório completa AQUI.

Leia também: XDEX anuncia a inclusão de novos criptoativos e funcionalidades em sua plataforma

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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