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Web3: Emmanuel Macron defende Europa líder em criptomoedas, NFTs e metaverso

O presidente da França e atual candidato à reeleição Emmanuel Macron não costuma se pronunciar sobre o mercado de criptomoedas como um todo. Contudo, em uma entrevista recente ao portal The Big Whale, a liderança política finalmente expôs o que pensa sobre Web3, criptomoedas, metaverso, blockchain e NFTs.

Para Macron, essas tecnologias representam oportunidades que não podem ser perdidas. Além disso, defende que o setor seja devidamente regulado, mas sem que haja prejuízos para a inovação.

Acima de tudo, Macron acredita que a Europa deve assumir uma posição de liderança neste mercado, para que ele não se concentre nos Estados Unidos e na China.

Web3

Em primeiro lugar, Macro expôs o que é, para ele, a Web3:

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“Um requisito e uma oportunidade a não perder. França e Europa são líderes das futuras gerações da web. A França tem os ativos e os talentos para isso. Em um mundo onde os avanços tecnológicos precedem a dominação econômica, é essencial manter nossos empregos e nossa independência”, destacou Macron.

O líder político ponderou, no entanto, que há desafios para isso. Segundo ele, a aceleração do ritmo tecnológico já é um grande gargalo entre aqueles que dominam os códigos digitais, Inteligência Artificial, blockchain etc e aqueles, muitos, que são excluídos.

“Devemos garantir que a tecnologia permaneça ao serviço da sociedade e do progresso”, enfatizou Macron.

Metaverso e NFTs

Quando questionado sobre o que pensa a respeito do metaverso, Macron reafirmou que quer a Europa no centro da inovação. Isso porque, para ele, a Web3 e o metaverso podem representar uma nova etapa da web como a conhecemos.

“Quero garantir que os players europeus dominem os tijolos tecnológicos associados à Web3 e ao metaverso para não depender dos gigantes americanos ou chineses. Já temos terreno muito fértil para os players, seja na área de realidade virtual e aumentada, domínio das tecnologias blockchain…”

A ideia de Macron é construir um metaverso europeu. Ou seja, produzir, promover e dominar o conteúdo cultural e criativo do continente. 

Segundo ele, o metaverso tem imenso potencial na cultura e no entretenimento. Portanto, a Europa não pode deixar sua política cultural fora dessa revolução.

“Gostaria que os nossos principais estabelecimentos culturais desenvolvessem uma política em matéria de NFT, por exemplo, através da valorização, divulgação (…). Finalmente, a França através de sua língua, seu patrimônio, suas cidades e vilas, seus monumentos, também deve existir no metaverso.”

Regulação do setor e presença no mercado

Por fim, Macron foi questionado sobre a possibilidade de a França “perder o bonde” dos criptoativos, adotando regulamentos restritivos.

Em resposta, ele disse que a França já está envolvida neste mercado, tendo grandes players como a fornecedora de carteiras de hardware para armazenar criptomoedas, a Ledger, e o jogo de futebol fantasia em blockchain Sorare.

“Devemos trazer outros e atrair os melhores para o nosso território. Constato, aliás, que existe uma apetência muito forte, sobretudo entre as gerações mais jovens, por estas tecnologias e pelos serviços oferecidos, cujo potencial de aplicação é enorme”, disse.

Contudo, Macron afirmou que não acredita em um setor financeiro autorregulado. Afinal, isso não seria sustentável nem democrático, segundo ele.

Nesse sentido, ele defende que as autoridades públicas definam os enquadramentos adequados para permitir o desenvolvimento e promover a inovação.

Para isso, ele acredita numa abordagem pragmática, que destaca os benefícios e problemas reais da tecnologia:

“Sou, neste contexto, a favor de um rápido progresso no regulamento MiCA [Regulamento do Mercados de Criptoativos], com base na abordagem equilibrada promovida pelo Conselho e inspirada no quadro francês. A França terá muito cuidado para que o texto não impeça a inovação e permaneça o mais tecnologicamente neutro possível.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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