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Voyager: 97% dos clientes aprovam reestruturação com compra de ativos pela Binance US

Uma maioria esmagadora de clientes da falida plataforma de criptomoedas Voyager Digital (97%) votou a favor dos planos de reestruturação da empresa, que inclui o acordo com a Binance US para compra dos ativos da Voyager por US$ 1 bilhão. A Voyager divulgou o resultado da votação em sua conta no Twitter na última terça-feira (28).

“A votação dos clientes da Voyager sobre o plano do capítulo 11 da empresa [plano de recuperação judicial] foi concluída e finalizada: dos que participaram, 97% dos clientes, representando 98% do total de reclamações, votaram a favor.”

Clientes votam a favor de compra da Binance US

A empresa responsável por conduzir a pesquisa foi a companhia de administração de falências Stretto. Ao todo, a empresa entrevistou 61.300 titulares de contas. Do total, 59.183 votaram a favor do plano de reestruturação e apenas 3% (2.117) votaram contra o plano. 

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A Stretto dividiu os clientes da Voyager em quatro categorias: uma para “reivindicações de correntistas” e três para “reivindicações gerais sem garantia”. A maioria dos eleitores que representam os três últimos grupos também votou a favor da proposta.

De forma prática, os clientes da categoria de reivindicações gerais têm prioridade mais baixa no recebimento dos valores devidos. Essa categoria não pode receber até que as reivindicações do titular da conta sejam pagas de forma integral.

No Twitter, a Voyager informou que vai fornecer mais informações sobre o processo na próxima quinta-feira (2).

O caso Voyager

A Voyager foi uma das várias empresas de cripto que entraram com pedido de recuperação em 2022. A companhia pediu concordata em julho, logo após o colapso da Terra (LUNC), que também afetou o fundo Three Arrows Capital (3AC). O fundo era um dos maiores devedores da Voyager e sua falência deixou a exchange sem liquidez.

Assim, com poucas reservas, a Voyager teve que pausar os saques para evitar a falência e tentar se recuperar. Mas em julho, devido ao problema dos saques persistirem, a Voyager entrou com um pedido de recuperação judicial.

Como parte desse processo, a Voyager firmou com a Binance US – braço da Binance nos Estados Unidos – um acordo de US$ 1 bilhão para compra de seus ativos. Contudo, reguladores dos Estados Unidos manifestaram oposição ao acordo, alegando que a Binance não teria explicado a origem dos recursos para comprar os ativos.

Recentemente, conforme divulgou o CriptoFácil, uma análise revelou que a Voyager estaria vendendo criptomoedas por meio da exchange Coinbase. De acordo com dados da blockchain divulgados Look on chain, a Voyager recebeu 100 milhões em USDC (US$ 100 milhões, ou R$ 520 milhões) da exchange em três dias.

Além disso, enviou ativos para a Coinbase quase todos os dias desde o dia 14 de fevereiro. Ao todo, a empresa “falida” teria negociado pelo menos 23 tokens diferentes, avaliados em mais de US$ 100 milhões. De acordo com a Look on chain, a Voyager detém cerca de US$ 631 milhões em ativos. Ou seja, cerca de R$ 3,28 bilhões.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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