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Vítima de celular clonado processa Bittrex por suposto roubo de US$1 milhão em Bitcoin

O investidor norte-americano Gregg Bennett entrou com uma ação contra a exchange Bittrex alegando que a empresa violou e ignorou seus próprios padrões de segurança permitindo que hackers roubassem cerca de US$1 milhão em Bitcoin (BTC) de sua conta. O empresário, que dá consultoria a empresas de tecnologia de Seattle (EUA), acusa a Bittrex de ter cometido “atos injustos e enganosos que deturparam seu nível de segurança”. As informações da ação, que tramita no Tribunal Superior de Washington para o Condado de King (conhecido como Tribunal Superior de King County), foram publicadas em um comunicado de imprensa no dia 30 de outubro. 

Golpe SIM-swap

De acordo com o processo, Bennett foi vítima de uma clonagem de chips de celulares (SIM-swap, expressão em inglês) em abril deste ano. Neste golpe, os criminosos transferem a linha telefônica para uma linha diferente da original usando a identidade da vítima. Assim, os hackers acessam contas pessoais e senhas. 

No caso de Bennett, os invasores acessaram a Bittrex, exchange na qual seus Bitcoins estavam armazenados. Em seguida, converteram os ativos digitais em outras moedas, com preço abaixo do mercado, e transferiram os fundos para uma conta anônima. 

Ao notar a invasão, Bennett disse que tentou notificar a Bittrex, porém, a exchange não tomou providências por duas horas. Durante esse tempo, os hackers continuaram a drenar a conta do investidor. No dia seguinte, os criminosos tentaram uma nova retirada, mas a Bittrex finalmente respondeu os e-mails de Bennett – única forma de contato permitida pela exchange, de acordo com a ação.

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O que diz a defesa

“Como alegado em nossa denúncia, a Bittrex ignorou vários avisos, que buscaram alertar que a pessoa que havia iniciado as ordens de retirada não era Gregg Bennett. […] Nosso objetivo é mostrar no tribunal que a Bittrex ignorou ou desconhecia as salvaguardas que são padrão da indústria para impedir esses golpes”, afirmou Dan Kittle, da Lane Powell, escritório de advocacia em Seattle que representa Bennett. 

De acordo com o processo, a exchange teria ignorado as atividades dos hackers, incluindo o uso de um IP suspeito e o acesso por um sistema operacional de computador diferente. Além disso, a Bittrex não teria seguido a prática de impor o período de retenção dos fundos por 24 horas após a solicitação de troca de senha.  

Bennett afirmou ainda que a exchange teria sido enganada por hackers que “deveriam ser tão visíveis quanto ladrões usando máscaras e portando armas”. O investidor falou ainda sobre o “esforço colossal” em convencer a Bittrex e seu proprietário Bill Shihara de que havia sido hackeado:

“Eu tive que praticamente derrubar a porta de Bill para a empresa levar o meu problema a sério e reconhecer que eles haviam sido enganados pelos hackers”, desabafou Bennett. “Farei tudo o que puder para responsabiliza-los por suas ações, para que outras pessoas não sejam vítimas de negligência semelhante”, enfatizou.

Bennett pediu que a Bittrex faça a coisa certa, resolvendo o que considerou “falha de abordagem de segurança” e devolvendo suas criptomoedas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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