Vitalik quer cobrar aluguel dos usuários da plataforma Ethereum

Não é de hoje que a Ethereum, segunda maior criptomoeda em valor de mercado, enfrenta problemas com sua blockchain. Em relação à escalabilidade, gatos, figurinhas de personalidades e aplicativos de mensagens revelaram que os planos de Vitalik de ser uma grande web descentralizada ainda enfrentam várias barreiras.

Já foi anunciado um prêmio para quem trouxer soluções de escala. Programações de segunda camada (layer2), como a Lightning Network, estão sendo desenvolvidas. Porém, a mais nova ideia, surgiu entre os desenvolvedores da Ethereum, inclusive com o seu fundador Vitalik, o conceito de Buterin, que, conforme descrito em um post recente, gira em torno das chamadas “taxas de aluguel”. Segunda a Coindesk, agência de notícias do universo cripto, neste conceito, os usuários seriam solicitados a pagar para usar a rede com base em quanto tempo gostariam que seus dados permanecessem acessíveis na blockchain.

“Ninguém gosta de falar sobre aluguel, mas precisamos ter essa conversa. Os desenvolvedores do núcleo principal precisam repassar essas informações para a comunidade de desenvolvedores de contratos inteligentes o mais rápido possível, para obter suas opiniões sobre o assunto. O atual sistema é insustentável”, tuítaram Thiel e Raul Johnson, ambos desenvolvedores da Ethereum.

A idéia é calcular as taxas com base em um limite de longo prazo no “estado”, uma fatia especial de dados da Ethereum que os operadores de nó precisam armazenar, que rastreia quem é o proprietário das informações atuais sobre todos os aplicativos (incluindo saldos de usuários). Sob a proposta, os dados de estado armazenados na RAM de um computador  que opera um nó – agora com cerca de 5 GB – nunca poderão exceder 500 GB. Para garantir isso, os usuários terão que pagar taxas com base em quanto tempo seus dados são armazenados. Dessa maneira, os dados são mantidos sob controle, já que as taxas aumentarão se o armazenamento se arrastar para esse limite.

Embora o roadmap mais recente reivindique que a implantação ainda esteja a anos de acontecer, “sharding”, como o conceito é conhecido, poderia aumentar potencialmente a quantidade de recursos que um banco de dados pode manipular ao dividir os dados. No ethereum, a idéia é que cada nó não teria que armazenar todos os dados históricos do ethereum – apenas uma fatia dele. “Com o sharding, o tamanho máximo aceitável do estado seria por share, então as taxas acima seriam reduzidas em um fator de 100“, disse Buterin.

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Uma pergunta é, se os usuários e desenvolvedores da Ethereum reagirão da mesma maneira, argumentando que “o aluguel é muito alto”. Desta forma, Johnson, um dos principais desenvolvedores da Ethereum, se preocupa que, de repente, adicionar taxas extras possa alarmar os desenvolvedores de tokens que já iniciaram aplicações na blockchain.

Johnson defende mudanças que não são tão instintivas e devem ser introduzidas lentamente para dar aos desenvolvedores tempo para se ajustarem.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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