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Vitalik Buterin diz que o Bitcoin é uma calculadora e o Ethereum um smartphone

O gênio russo criador do Ethereum, Vitalik Buterin, soltou uma comparação no mínimo polêmica durante uma recente entrevista ao portal Business Insider. Buterin falou sobre o Ethereum e o Bitcoin, principal criptomoeda do mercado.

Na entrevista, Buterin explicou que ele estava inicialmente bastante envolvido na comunidade de Bitcoin. Durante um período de cerca de dois anos, ele não apenas participou ativamente da comunidade, mas também se envolveu em vários projetos relacionados à criptomoeda, até que deixou a universidade para se envolver completamente em atividades relacionadas ao desenvolvimento da tecnologia blockchain.

Criando uma evolução

Mais tarde, ele percebeu que o Bitcoin poderia evoluir. Ele começou a estudar a possibilidade de expandir as capacidades do Bitcoin, mas acabou decidindo dar um passo adiante, desenvolvendo uma blockchain nova e mais eficiente. A evolução que começou com o projeto Ethereum abriu um quadro de opções para os usuários da mesma forma que os smartphones mudaram a forma como a sociedade se comporta.

“Logo depois (abandono da universidade), comecei a perceber que havia coisas muito mais interessantes que você poderia fazer com blockchains do que apenas uma moeda peer-to-peer. E foi algo que outras pessoas estavam começando a reconhecer ao mesmo tempo. Eu criei a ideia por trás do Ethereum, essa ideia de que a blockchain era uma linguagem de programação embutida como uma espécie do que eu pensava ser a maneira mais simples e lógica de construir uma plataforma que pudesse ser usada para vários outros tipos de aplicativos.”

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BTC é uma calculadora, ETH é um smartphone

Em um determinado momento da entrevista, Buterin comparou as diferenças entre as duas blockchains – Bitcoin e Ethereum – e classificou o Bitcoin como uma calculadora de bolso, enquanto o Ethereum seria um smartphone.

Embora o Bitcoin consiga fazer muito bem uma função específica (a transferência de valores), Buterin afirmou que a função Turing completa do Ethereum dá aos usuários e desenvolvedores uma estrutura mais ampla de possibilidades graças aos contratos inteligentes (smart contracts) e aplicativos descentralizados (dApps).

“Pense na diferença entre uma calculadora de bolso e um smartphone, onde uma calculadora de bolso cumpre muito bem uma função específica. Mas, na verdade, as pessoas querem algo que possa fazer outras coisas. E se você tiver um smartphone, então você tem uma calculadora de bolso como um aplicativo, você tem um player de música como um aplicativo, você tem um navegador da web como um aplicativo e praticamente todo o resto. Então, basicamente, tomando o mesmo tipo de ideia de aumentar o poder do sistema, tornando-o mais genérico e aplicando-o a várias blockchains”, finalizou Buterin.

Recentemente, o Ethereum implementou sua atualização intitulada Constantinople no último dia de fevereiro. O hard fork abre o caminho para a ETH 2.0 e pode ser o primeiro passo para alcançar uma blockchain escalável, rápida e eficiente, principalmente com a possibilidade de mudança da mineração de Proof of Work (PoW) para Proof of Stake (PoS).

Leia também: Ethereum ativa hard fork com sucesso e abre caminho para PoS

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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