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Vitalik Buterin afirma não estar otimista com as blockchains de grandes empresas

Vitalik Buterin, criador do Ethereum, falou em uma entrevista na Samsung Developer Conference, que aconteceu entre os dias 28 e 30 de outubro. Durante o evento, o gênio por trás da segunda maior criptomoeda do mercado afirmou não estar otimista com as blockchains desenvolvidas em consórcios de grandes empresas.

Conforme reportado pela Cointelegraph, Buterin começou a entrevista falando sobre o início do projeto Ethereum e comentou que os maiores desafios em torno da criptomoeda não foram técnicos, mas sim sociais.

Além disso, ele também falou de como começou com uma equipe de oito membros fundadores, que foram deixando o projeto ao longo do tempo devido a diferenças criativas:

“Alguns queriam fazer coisas com fins lucrativos, outros queriam levar o Ethereum para uma direção criptografada do Google. O projeto está definitivamente em um lugar melhor agora, mas foram necessárias várias rodadas de situações muito desafiadoras para chegar onde estamos. Blockchains e criptomoedas são ainda mais sobre as pessoas do que sobre a tecnologia.”

Em seguida, Buterin falou sobre segurança utilizando a técnica de multi-assinatura. Ele propôs um método de recuperação social pelo qual os fundos seriam armazenados em um contrato inteligente protegido pela chave privada, além de cinco outras chaves mantidas por outras pessoas confiáveis.

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Então, se o usuário perder a chave privada, o contrato inteligente poderá ser programado para recuperar a carteira se três das cinco chaves forem usadas:

“Acho que as contas protegidas por uma chave privada em um dispositivo não são apenas o tipo de modelo que você deseja enviar às pessoas como a nova e excelente maneira de ganhar dinheiro, porque é pior do que a maneira antiga.”

Buterin também comentou sobre como a tecnologia 5G pode se tornar um grande impulso à escalabilidade das blockchains:

“Limitações de dados – essa é a fronteira final que limita o quanto você pode fazer em uma blockchain. Se conseguirmos conexões mais rápidas da Internet entre os nós, poderemos ter blockchains muito mais escaláveis, processar mais atividades, ser mais confiáveis, lidar com mais nós e todas essas coisas boas.”

Por fim, ele discutiu sobre a entrada de instituições na indústria e comentou que, nos últimos cinco anos, sempre que grandes empresas falavam sobre blockchain, elas tendiam a concentrar-se na forma de consórcio:

“Não sou especialmente otimista com elas – acho muito difícil tornar esses tipos de blockchains realmente descentralizadas o suficiente para que as pessoas confiem nelas. Temos visto coisas como Libra e outros movimentos de blockchains; todos parecem colidir com esse muro onde parece que ter cinquenta nós em vez de um deve fazer as pessoas confiarem em você.”

De acordo com Buterin, as blockchains públicas terão mais sucesso a longo prazo, mas o fato de os atores institucionais estarem dizendo coisas sobre blockchain está preparando o cenário para o crescimento da indústria como um todo.

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Julia Santos

Estudante de engenharia e entusiasta do mundo da blockchain e criptomoedas

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