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Venezuelano explica como o Bitcoin salvou sua família

À medida em que a situação na Venezuela se intensifica, um usuário de Bitcoin venezuelano detalha como ele e sua família usam a criptomoeda para sobreviver à crise do país. Mantendo todo o seu dinheiro em Bitcoin, ele troca apenas pequenas quantidades de BTC pelo bolívar, moeda local, quando necessário.

Recentemente, Carlos Hernández, um venezuelano que mora em Ciudad Guayana, contou sua história à agência de notícias The New York Times, sobre como o Bitcoin está salvando sua família durante a atual crise na Venezuela. Citando a taxa de inflação diária do bolívar de cerca de 3,5%, ele escreveu:

“Eu não possuo bolívares, moeda oficial da Venezuela. Eu mantenho todo o meu dinheiro em Bitcoin. Mantê-lo em bolívares seria um suicídio financeiro.”

Ele explicou que não tem uma conta bancária no exterior e “com os controles cambiais da Venezuela, não há uma maneira fácil de usar uma moeda estrangeira convencional, como dólares americanos”.

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Hernández revelou que a criptomoeda permitiu que ele cobrisse suas despesas domésticas sozinho, observando que seu pai, um funcionário do governo, ganha US$6 por mês e sua mãe que fica em casa não tem renda.

Seu irmão também confia na criptomoeda. Juan, um advogado de 28 anos, tornou-se freelancer porque “em tempos de hiperinflação, todos estão constantemente ficando mais pobres, incluindo os meus clientes”, detalhou Hernández. Ele acrescentou que seu irmão “teve que recorrer às criptomoedas para receber o pagamento” porque não podia usar o Paypal, uma forma comum de pagar freelancers no país, devido a “controles cambiais permitirem que os bancos venezuelanos usem apenas a moeda local”. Além disso, a criptomoeda ajudou Juan a evitar que seu dinheiro fosse apreendido nas fronteiras quando tentou se mudar para a Colômbia. “Militares venezuelanos nas fronteiras têm a reputação de pegar o dinheiro das pessoas que querem sair”, exclamou Hernández. No geral, ele concluiu:

“Você poderia dizer que as criptomoedas salvaram nossa família.”

Para comprar as necessidades diárias, como o leite, Hernández explicou que as criptomoedas devem ser convertidas em bolívares. Ele usa a plataforma P2P Localbitcoins para encontrar compradores que usam o mesmo banco que ele “a transferência eletrônica pode passar imediatamente”, disse ele, elaborando:

“Eu não posso trocar muitos Bitcoins de uma só vez. O governo não monitora transações de criptomoedas (ainda), mas monitora transações em bolívares – e qualquer valor de cerca de US$50 ou mais congelará sua conta automaticamente até que você possa explicar para o seu banco de onde vêm os fundos.”

A Localbitcoins tem sido uma plataforma popular para os venezuelanos. O volume negociado na plataforma vem subindo constantemente, atingindo o recorde de 2.487 BTC na semana encerrada em 09 de fevereiro, antes de se estabelecer em 1.939 BTC na semana passada.

Outra plataforma de intercâmbio internacional, a Paxful, disse na semana passada que também viu um volume recorde na Venezuela, que aumentou 74,66% em relação ao ano passado. Além disso, o número de negócios na plataforma aumentou 118%, para uma média de 61.534 transações mensais.

Recentemente, o governo de Nicolás Maduro publicou decretos para regular as atividades de criptomoedas na Venezuela, incluindo a taxação de remessas.

Leia também: Volumes de negociação de Bitcoin atinge recordes na Venezuela após anúncio de regulação

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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