Foto: Pxhere
A Venezuela seguiu o exemplo da China e, no último sábado (7), por meio das autoridades do estado de Carabobo, encerrou todas as operações de mineração de Bitcoin (BTC).
As autoridades suspenderam todos os serviços de eletricidade que abasteciam as fazendas de mineração de Bitcoin na região.
De acordo com informações da imprensa local, a repressão teria sido iniciada após a cidade identificar que o alto consumo de energia da atividade estava prejudicando o fornecimento de energia para a cidade.
A ação das autoridades contrasta com as recentes declarações da Venezuela que estaria buscando ser uma nação amigável às criptomoedas.
No entanto, a Superintendência Nacional de Criptomoedas (Sunacrip) e a Corporação Nacional de Eletricidade (Corpoelec) planejam se reunir esta semana para chegar a um acordo sobre as suspensões.
Além do alto consumo de energia, a Corpoelec alega que boa parte dos mineradores não estão registrados na nação. Portanto, estariam operando de forma ilegal.
Entretanto, analistas apontam que a realização das eleições na região pode ser o principal fator para o encerramento da mineração. Isso porque, embora o pleito seja para cargos internos dentro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o partido do governo, a votação é importante para as definições do rumo da nação.
Contudo, como a Venezuela vive uma crise, reduzir a mineração não garante que a nação não terá novos problemas energéticos.
Até o momento, não há declarações oficiais sobre a suspensão da mineração. Da mesma forma, os mineradores de criptomoedas da região não quiseram comentar as restrições. Eles disseram estar aguardando as novas decisões governamentais.
Enquanto isso, as máquinas de mineração da região, cerca de 10 mil ASICS, permaneceram paradas aguardando decisões oficiais.
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