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Venda de GPUs da NVidia despenca 50% depois do The Merge

Em um recente relatório financeiro da Nvidia, a fabricante de placas gráficas (GPU) apresentou o saldo atual de sua receita e lucro. Assim, a empresa destacou que as vendas de GPUs usadas para mineração de criptomoeda diminuíram.

Desse modo, segundo a empresa, entre as principais causas desse declínio está o The Merge ocorrido no Ethereum. Portanto, de acordo com a NVidia, mesmo outras criptomoedas permitindo a mineração com GPU isso não foi suficiente para manter a demanda.

“Acreditamos que a recente transição realizada no Etehreum reduziu a utilidade das GPUs para mineração de criptomoedas. Assim, isso pode ter contribuído para o aumento das vendas de nossas GPUs no mercado de usados. Portanto, isso afeta a demanda por alguns de nossos produtos, principalmente os de menor preço”, afirmou a empresa.

Queda nas vendas

O relatório mostra que em comparação com o trimestre anterior, a receita da Nvidia diminuiu 48%. E 69% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Além disso, se for considerado o período fiscal de 2021, a queda é ainda mais acentuada. Desse modo, mostra pela primeira vez um recorde negativo de menos de US$ 100 milhões comercializados em um período de 2 anos.

Componentes especializados para mineração não representam a maior parte da receita da Nvidia. No entanto, em outras categorias a empresa também registrou perdas em relação aos períodos anteriores.

Dessa forma, na categoria de componentes de jogos, também houve uma queda de 23% em relação ao período anterior e 51% em relação ao mesmo período de 2021.

Ainda segundo a empresa, três fatores se juntam no declínio da receita da Nvidia. Dessa Uma delas é a queda dos preços nos mercados de criptomoedas, que afetam a lucratividade da mineração com GPUs e equipamentos ASIC.

Outra refere-se ao aumento da concorrência no campo dos fabricantes de chips e placas gráficas. Especialmente a AMD, que é atualmente vista como uma empresa que vende computadores com desempenho semelhante ao da Nvidia a preços mais baratos.

O terceiro fator tem a ver com o Ethereum Merge e o destino de seus mineradores de GPU. Até o último minuto da mineração Ethereum, a rede tinha um hashrate ou poder computacional total de 740 TH/s.

Se somarmos hoje o hashrate das 4 principais redes de mineração de criptomoedas com GPUs, obtemos um total de 224,25 TH/s, o que equivale a 30% do total coletado pelo Ethereum.

Especificamente, essas redes são Ethereum Classic ( 143 TH/s ), Ergo ( 50,75 TH/s ), Ethereum PoW ( 19,40 TH/s ) e Ravecoin ( 11,08 TH/s ).

O hashrate desta rede aumentou cerca de 100 TH/s desde o Ethereum Merge. No entanto, é difícil determinar quanto desse aumento é contabilizado por novos mineradores de GPU, pois a rede também oferece suporte à mineração com equipamentos ASIC especializados.

Atualmente, o litecoin (LTC) é uma das criptomoedas que melhor enfrentou o bear market, conforme noticiado pela CriptoNoticias.

Portanto, pode-se ver que a capacidade dessas redes e seu crescimento não conseguiram atender à demanda que existia antes da Ethereum abandonar a mineração de GPU.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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