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Vale e Usiminas divulgam resultados históricos, mas sofrem com ‘Efeito China’

O setor de commodities, particularmente aço e minério de ferro, tem motivos para comemorar no Brasil. A Vale (VALE3) e a Usiminas (USIM5) divulgaram fortes resultados no segundo trimestre de 2021. No caso da siderúrgica, houve um recorde histórico nos ganhos.

A Vale também registrou fortes ganhos, sobretudo no lucro líquido, que cresceu 662% na comparação com o segundo trimestre de 2020. Porém, a forte queda nos preços do minério de ferro na China impactou as ações da companhia nesta sexta-feira (30).

Usiminas registra trimestre histórico

Praticamente todos os resultados da Usiminas cresceram na faixa dos dois dígitos. Em primeiro lugar, a receita líquida da empresa atingiu R$ R$ 9,6 bilhões no segundo trimestre. O resultado teve alta de 296% frente ao segundo trimestre de 2020, quando a receita atingiu R$ 2,42 bilhões. A divisão de siderurgia registrou o maior crescimento, com R$ 2 bilhões de receita, alta de 38%.

Em seguida, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) atingiu R$ 5,07 bilhões, um novo recorde. A cifra foi o dobro do registrado no primeiro trimestre.

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Os fortes resultados impactaram positivamente no maior destaque da siderúrgica: o seu lucro líquido. A companhia registrou R$ 4,5 bilhões no segundo trimestre de 2021, resultado que superou em muito o prejuízo líquido de R$ 395 milhões apurado no segundo trimestre de 2020.

O resultado representa um aumento de 277% ante o trimestre anterior (R$ 1,2 bilhão) e também é um lucro recorde trimestral para a companhia, que agora passa a ter caixa líquido de R$ 220 milhões.

Contudo, os resultados não refletiram no preço da ação, cuja expectativa era de operar em alta nesta sexta. Ao invés disso, os papéis tiveram volatilidade e, no momento da produção desta matéria, operam aos R$ 20,47 – queda de 1,78%.

Vale segue forte, mas ações caem

Tal qual a Usiminas, a Vale registrou um forte resultado operacional no segundo trimestre. A princípio, os dados vieram em linha com a expectativa do mercado. A receita líquida, por exemplo, atingiu R$ 87,8 bilhões, alta de 31,9% ante o trimestre anterior e 121,8% na comparação anual.

Por sua vez, o Ebitda atingiu R$ 59,178 bilhões, um recorde trimestral na história da empresa. O crescimento foi de 327% na comparação com o primeiro trimestre de 2020, quando o Ebitda chegou a R$ 18,1 bilhões. Segundo a companhia, o alto volume das vendas de minério de ferro contribuiu para o recorde.

Por fim, o lucro líquido da Vale foi a métrica que mais cresceu, atingindo fortes 758% de alta em relação ao primeiro trimestre de 2020. Em valores nominais, o lucro da Vale atingiu registrou R$ 40,1, contra R$ 5,3 bilhões no período passado.

Apesar dos fortes números, o preço das ações foi impactado por um evento externo. Na China, o minério de ferro fechou em queda de 7,34% na sexta-feira. Como resultado, a commodity fechou julho com uma desvalorização de 15,2%. O preço foi registrado no porto chinês de Quingdao, considerado de referência para a negociação do ferro.

Em virtude dessa notícia, as ações da Vale operam em baixa de 4,55% no último pregão de julho, cotadas a R$ 110,30. Com a queda, os papéis fecham o mês com desvalorização de 2,73%.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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