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Uso ilícito de criptomoedas atinge máximo histórico, diz Chainalysis

O mercado de criptomoedas tem sido alvo de crescentes atividades ilícitas. De acordo com um novo relatório da Chainalysis, o volume de transações ilícitas atingiu um recorde histórico de 20,1 bilhões de dólares em 2022. Embora o mercado tenha sofrido uma queda, o volume de atividades ilegais aumentou pela segunda vez consecutiva.

“Apesar da transparência inerente das blockchains, a indústria tem espaço para melhorias nesse aspecto. Há oportunidades de conectar dados off-chain de passivos com dados on-chain para fornecer uma visibilidade melhor e a transparência de todas as transações on-chain no DeFi”, destacou a empresa.

De acordo com o relatório, 44% do volume de transações ilícitas veio de atividades associadas a entidades sancionadas. Isso ocorreu em um ano em que o OFAC lançou algumas das sanções cripto mais ambiciosas e difíceis de serem aplicadas.

A exchange cripto Garantex, que representou a maioria do volume de transações relacionadas às sanções, é um ótimo exemplo. O OFAC sancionou a Garantex em abril de 2022, mas, como uma empresa com sede na Rússia, a exchange conseguiu continuar operando impunemente.

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A chainalysis destaca ainda que o volume de transações ilegais de criptomoedas relacionadas a sanções aumentou 10.012.224,34% de 2021 a 2022.

Chainalysis

De acordo com o relatório “as transações associadas à exchange Garantex ou a qualquer outro serviço cripto sancionado representam, no mínimo, um risco significativo de conformidade. Principalmente para as empresas sujeitas à jurisdição dos EUA, incluindo multas e possíveis acusações criminais”.

O relatório também aponta que os volumes de transação caíram em todas as outras categorias mais convencionais de crime relacionado à criptomoeda, com a exceção de fundos roubados, que aumentaram 7% em 2022.

“No geral, a atividade ilícita em criptomoeda continua sendo uma pequena parcela do volume geral em menos de 1%. Também vale a pena ter em mente que, apesar do salto deste ano, o crime como uma parcela de toda a atividade no ecossistema de criptomoedas ainda está diminuindo”, afirmou a empresa.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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