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Uso de criptomoedas é maior em países corruptos, diz FMI

Em uma nova investida contra o mercado de criptomoedas, o Fundo Monetário Internacional disse em um relatório recente de 19 páginas que os ativos digitais são mais populares em países percebidos como corruptos.

De acordo com o FMI, isso reforça a necessidade de uma maior regulamentação do setor.

“Descobrimos que o uso de criptoativos está significativa e positivamente associado a uma maior percepção de corrupção e controles de capital mais intensivos. Apesar das limitações de dados, os resultados apoiam o caso de regular os criptoativos, incluindo abordagens de conheça seu cliente, em vez de adotar uma postura laissez-faire [expressão em francês que significa ‘deixe fazer’]”, diz trecho do relatório.

FMI contra criptomoedas

Os especialistas do FMI destacaram que o uso de criptoativos em países supostamente corruptos mostra por que os países devem exigir que intermediários, como exchanges de criptomoedas, implementem procedimentos de “Conheça seu Cliente” (KYC).

Segundo o fundo, esse processo ajudaria a evitar fraudes, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Além disso, os especialistas afirmaram que a solução para esse problema é introduzir leis para melhorar a transparência do mercado, com a identificação dos usuários como algo primordial.

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Segundo o FMI, os países desenvolvidos já estão caminhando nessa direção. Contudo, muitos países ainda carecem de um sistema de controle sobre os detentores de criptoativos.

“O pseudônimo de criptomoedas as torna um veículo potencial para fluxos ilícitos, incluindo receitas de corrupção. A inovação das criptomoedas pode melhorar a eficiência e a inclusão do sistema financeiro e da economia em geral. Mas os criptoativos levantam questões relacionadas à proteção do consumidor e do investidor, integridade do mercado, evasão fiscal, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.” 

Em suas conclusões, o FMI afirma que a análise mostra a necessidade de melhores dados para entender a dinâmica e os principais fatores que impulsionam a adoção de criptomoedas.

“Enquanto isso, o trabalho deve continuar usando as tecnologias subjacentes aos criptoativos para obter os benefícios potenciais para a inclusão financeira e a eficiência dos governos”, conclui.

FMI ataca criptomoedas novamente

As conclusões do FMI parecem ser mais um ataque ao mercado cripto do que uma conclusão final.

Afinal, em países como Venezuela, Nigéria, Quênia e Argentina a circulação de dinheiro é complicada e a inflação alta. Essas condições naturalmente favorecem a adoção de criptomoedas.

Vale destacar que o FMI se colocou completamente contrário à adoção do Bitcoin por El Salvador, ameaçando o país. Além disso, impôs à Argentina o desencorajamento do uso de criptomoedas como premissa para um acordo. Ou seja, o relatório pode não ser tão imparcial assim.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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