Mercado

USDT pode ser considerada commodity, diz ex-chefe de regulador dos EUA

Timothy Massad, ex-presidente da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities dos EUA (CFTC), defendeu a classificação da USDT, a stablecoin da Tether, como uma commodity durante uma audiência na Câmara dos Representantes na quarta-feira (10). Além disso, Massad acrescentou que gostaria de ver o ativo digital “regulado como um produto bancário”.

Além disso, ele sugeriu que se a USDT “repentinamente começar a pagar juros” aos seus detentores, poderia ser considerada um título. No entanto, a existência de futuros negociados em USDT não impediria essa classificação. “Há um grupo de pessoas administrando e lucrando com a USDT”, disse Massad.

Suas observações ecoam as do atual presidente da CFTC, Rostin Behnam, que em março classificou a USDT como uma commodity, ao lado do Bitcoin e do Ether. Behnam também instou a CFTC a “avançar e policiar rapidamente esse mercado e essa empresa”.

USDT

Matthew Kulkin, ex-diretor da Divisão de Supervisão de Swap Dealers e Intermediários da CFTC, destacou que os ativos digitais diferem das commodities tradicionais por serem “novos” e terem um “componente de varejo muito forte, que não é como a soja ou o petróleo”.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Essa discussão surge quando a Tether divulgou seu relatório de garantia do primeiro trimestre, que mostrou um lucro líquido de US$ 1,48 bilhão.

A Tether reportou um total de US$ 81,8 bilhões em ativos consolidados, com US$ 53 bilhões investidos em títulos do Tesouro dos EUA. O valor de mercado da stablecoin atingiu US$ 81,5 bilhões em abril, ligeiramente abaixo do recorde histórico de US$ 83,4 bilhões do ano passado.

Ouro e Bitcoin representam cerca de 6% do total das reservas do Tether, sendo 4% em ouro e 1,83% em Bitcoin. A Tether reduziu ainda os seus empréstimos garantidos para 6,5% de suas reservas, ante 8,6% anteriormente.

Paolo Ardoino, diretor de tecnologia do Tether, afirmou no Twitter que a empresa “continuará a reduzir para zero, como prometido”.

“A Tether continua avaliando o ambiente econômico global e tomou as medidas necessárias para garantir que os fundos de seus clientes não sejam expostos a cenários de alto risco”, disse ele.

Em uma mudança recente na página de transparência da empresa, “tokens digitais” foram removidos de “outros investimentos” antes do relatório de garantia.

Quando solicitada a comentar, a Tether esclareceu que “outros investimentos” se referem a investimentos que não atendem a nenhum dos critérios de outras categorias, excluindo criptoativos. Mas ele não explicou exatamente o que eles são.

Compartilhar
Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

This website uses cookies.