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Um terço das exchanges de criptomoedas apresentam falhas de identificação de clientes

Uma boa parte do setor de exchanges de criptomoedas corre o risco de entrar em conflito com as orientações de “Regras de Viagem” (Travel Rule) do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI, ou FAFT na sigla em inglês) anunciadas em julho, segundo uma nova pesquisa divulgado pela Coindesk.

A CipherTrace, provedora de soluções de conformidade com blockchain, disse em seu Relatório contra Lavagem de Dinheiro (AML) do terceiro trimestre, publicado nesta quarta-feira, 27 de novembro, que cerca de um terço das 120 principais exchanges de criptomoedas são “fracas” quando trata-se da conformidade de identificação de clientes (KYC), enquanto dois terços “carecem de políticas de KYC fortes”.

A orientação do GAFI, que é mais ou menos obrigatória para as 39 nações e jurisdições membros, estipula que as exchanges, ou provedores de ativos virtuais (VASPS), devem obter, armazenar e poder divulgar dados sobre seus usuários quando transações no valor de US$1.000 ou mais. Isso fornece uma trilha digital digital que pode ser seguida para evitar crimes financeiros, como lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo.

A CipherTrace diz que faltam apenas sete meses para os membros alinharem a legislação com a orientação, e para os VASPs configurarem soluções para permanecer em conformidade. No entanto, diz que cerca de 65% das exchanges ainda não são capazes de “lidar com o KYC básico, muito menos cumprir com a rigorosa nova Travel Rule”.

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Os pesquisadores da empresa descobriram que eram capazes de negociar 0,25 Bitcoin diariamente com pouco ou nenhum KYC em 35% das exchanges testadas, descritas no relatório como “fracas” referente a proteções contra AML. 41% eram “porosas”, descobriu a CipherTrace, com “algum tipo de processo de verificação de identidade”, enquanto apenas 35% possuíam KYC “forte”, com vários níveis de verificação, incluindo um requisito de prova de endereço e talvez vídeo ou chamadas de telefone.

A CipherTrace diz ainda que a Travel Rule é “problemática” para as chamadas moedas de privacidade, criptomoedas que oferecem recursos que podem ofuscar os dados de um usuário. Tais recursos colocam essas criptomoedas em desacordo com as orientações do GAFI, tornando as exchanges incapazes de cumprir as Regras de Viagem.

Algumas exchanges já foram excluíram essas criptomoedas, incluindo Zcash, Monero e Dash, citando o cumprimento das medidas dos reguladores nacionais para alinhar-se às estipulações do GAFI.

No entanto, o relatório diz que os pesquisadores descobriram que 32% das exchanges, incluindo algumas com KYC menos do que forte, ainda listam criptomoedas focadas em privacidade.

A empresa afirma, no entanto:

“Embora o relatório pontue a preocupação com criptomoedas focadas em privacidade que não têm estratégia de conformidade, a CipherTrace afirma que os relatórios recentes sobre a morte de criptomoedas focadas em privacidade foram muito exagerados. De fato, muitos dos principais desenvolvedores de criptomoedas com foco em privacidade já divulgaram declarações sobre como eles podem cumprir com a Regra de Viagem.”

Deve-se notar que a CipherTrace, assim como outras empresas de análise de blockchain, está oferecendo soluções pagas que ajudam as exchanges a cumprirem as orientações do GAFI.

Leia também: GAFI divulga orientações sobre sistemas de identificação digital

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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