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Twitter no Ethereum: Aave vai lançar alternativa ainda em 2021

O fundador e CEO do protocolo Aave, Stank Kulechov, disse que a plataforma do ramo DeFi planeja construir uma alternativa ao Twitter baseada em Ethereum este ano. Segundo ele, na nova plataforma, os usuários poderão monetizar seus conteúdos e também reger as regras da rede.

O anúncio do projeto foi feito por Kulechov no sábado (17), e ocorre dias depois de Jack Dorsey afirmar que deseja descentralizar o Twitter usando blockchain. Dorsey também anunciou a criação de uma plataforma para levar DeFi à rede Bitcoin.

“Já que Jack vai construir Aave no Bitcoin, Aave deve construir o Twitter no Ethereum”, tuitou Kulechov. Atualmente, a Aave é o maior protocolo de DeFi em termos de circulação de dinheiro na plataforma, com quase R$ 55 bilhões alocados.

Contudo, a nova plataforma idealizada por Kulechov é totalmente diferente do produto principal da Aave, que permite aos usuários emprestar ou tomar emprestado criptomoedas através de contratos inteligentes.

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Twitter em Ethereum da Aave

Segundo Kulechov, o novo projeto resolveria dois principais desafios dos sites de mídia social atuais. Em primeiro lugar, sanaria o problema da censura de conteúdo.

Ainda, também resolveria o que chamou de “estrutura de pagamento exploradora”, que beneficia desigualmente os criadores da plataforma mais do que os usuários.

“Acreditamos que os criadores de conteúdo devem possuir seu público sem permissão, onde qualquer um pode construir novas experiências de usuário usando o mesmo gráfico social e dados na cadeia”, disse ele. 

Além disso, Kulechov destacou que, no modelo atual, os usuários do Twitter “não são donos” de seu conteúdo. Ou seja, tudo o que publicam permanece na plataforma.

O Twitter, por sua vez, obtém toda a receita desses tuítes e do conteúdo que os usuários compartilham. Da mesma forma, cabe à rede social e a seu algoritmo decidir quais publicações “ganham força”.

“Hoje em dia, se você tuitar ou retuitar, não há monetização e você também não possui seu próprio público. Ou seja, se você muda de uma plataforma para outra, tem que começar do zero”, disse Kulechov.

O executivo também explicou que, em seu projeto, os criadores poderão delegar aos seguidores a missão de escolher os conteúdos publicados.

Na prática, a comunidade poderia votar no tipo de conteúdo que desejam por meio de organizações autônomas descentralizadas (DAOs). Depois de anunciar os planos, Kulechov nomeou Jordan Lazaro Gustave como o líder do projeto.

Projetos anteriores fracassaram

A novidade anunciada pelo CEO da Aave não é pioneira. Afinal, já existem várias alternativas descentralizadas para o Twitter, como a plataforma Steemit, comprada por Justin Sun no ano passado e rejeitada pelos usuários.

Há ainda a plataforma Voice, que funciona na blockchain EOS, mas nunca ganhou força. Seu desenvolvedor, o CTO por trás da Block.one, abandonou o projeto em dezembro. Ele disse que a plataforma “não estava imune à pressão da censura”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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