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Tokens de privacidade enfrentam maior crise de liquidez da história

Um novo relatório de Kaiko revela que os tokens de privacidade, como Monero (XMR) e Zcash (ZEC), enfrentam sua maior crise de liquidez na história. De acordo com o documento, a liquidez total desses tokens no mercado foi de apenas US$ 5 milhões em 2023, o menor valor em toda a história.

Esta queda vem logo em seguida à exclusão de vários pares de negociação pela OKX por não atenderem a determinados critérios. Um desses critérios é o combate a privacidade que vários países começaram a travar. Na Europa, por exemplo, a Binance precisou retirar vários tokens de privacidade para se adequar as leis da União Europeia.

Desafios regulatórios prejudicaram tokens

As pressões regulatórias impactaram particularmente tokens como XMR e ZEC, os maiores entre os tokens de privacidade. Os dois quase foram retirados de plataformas por causa da baixa liquidez.

Enquanto isso, o volume de negociação de outras criptomoedas, em particular nas exchanges da Coreia do Sul, atingiu a máxima em vários anos. A participação do Bitcoin subiu para 32%, maior nível desde 2020, em meio a uma queda geral nos volumes de negociação de altcoins.

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Esta mudança na dinâmica comercial ocorreu apesar dos crescentes esforços regulatórios na Coreia do Sul, incluindo a proibição de compras de criptomoedas com cartões de crédito.

O mercado de Solana (SOL) também apresentou tendências positivas. Em vários momentos, o volume de negociação da SOL superou o volume combinado de BTC e Ethereum (ETH) em diversas exchanges, um evento raro no mercado. Este aumento na participação de mercado da SOL, especialmente em relação ao Ethereum, sinaliza uma mudança no cenário no domínio das altcoins.

Enquanto isso, a stablecoin PYUSD teve um início lento, mesmo estando presente na Binance e em outras grandes exchanges. Seu volume de negociação permanece significativamente baixo em comparação com a USDT.

Volatilidade no aguardo da SEC

O dia 10 de janeiro marca um momento crucial no mundo das criptomoedas, com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) decidindo sobre os pedidos de ETFs de Bitcoin. Essa aprovação chegou a ser divulgada no perfil da SEC no X na terça-feira (9), mas tratava-se de uma mensagem falsa devido a um ataque hacker contra a conta.

Mesmo assim, os indicadores do mercado seguem positivos. Antes da desvalorização, os indicadores de mercado, como a taxa de slippage dos preços, sinalizavam problemas. As taxas de slippage na Binance, Coinbase e Kraken subiram acima de 0,02% em 2 de janeiro, indicando deterioração da liquidez, mesmo com os preços do Bitcoin oscilando em torno de US$ 45.000.

Os mercados de futuros também pintaram o quadro de um mercado sobreaquecido. A quantidade de contratos em aberto de futuros perpétuos de Bitcoin em dólares atingiu um pico de US$ 10 bilhões no início de dezembro, o maior desde novembro de 2021.

Este aumento nos contratos em aberto apontou para uma maior alavancagem no mercado. Além disso, os altos volumes nos mercados de opções, especialmente as opções de Bitcoin no Deribit, indicaram a antecipação da volatilidade dos traders com a aprovação do ETF.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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