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Token DeFi derrete mais de 50% após acusações de manipulação

Nesta quarta-feira (19), o token XVS viu US$ 200 milhões em liquidações, amargando uma queda de 54% em 24 horas. Trata-se do token nativo do Venus Protocol, voltado ao ramo de finanças descentralizadas (DeFi).

A movimentação ocorreu após uma suposta manipulação de preço do token, causando uma liquidação em massa.

Além da liquidação, o projeto de empréstimo para finanças descentralizadas (DeFi, sigla em inglês) também contraiu uma dívida superior a US$ 95 milhões.

Queda para o XVS

A liquidação do XVS ocorreu por conta de uma súbita valorização abrupta, segundo o The Block. Em questão de poucas horas, o token saltou de US$ 76 para US$ 144.

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Com a valorização de 91% no período de 24 horas, usuários começaram a liquidar em massa suas posições.

A causa da alta foi explicada por Joselito Lizarondo, fundador do Venus. Lizarondo justifica que a alta nos preços foi causada pelas grandes ordens no mercado, combinadas com a quantidade limitada de tokens.

Negociado na Binance, o token XVS supostamente tem baixa liquidez na exchange, segundo o pesquisador Igor Igamberdiev. Desta forma, seria fácil manipular os preços.

De qualquer forma, Lizarondo afirma que nenhum fundo foi perdido, reconhecendo um débito milionário contraído pelo Venus. Contudo, ele afirma que o rombo será coberto.

“Embora haja um saldo negativo […] Venus implantará seu programa de subsídios e utilizará o XVS para cobrir o déficit. Isso não será negociado no mercado, mas sim alavancado responsavelmente com a supervisão da Equipe Venus ou OTC para um parceiro com um contrato de manutenção de longo prazo,” concluiu Lizarondo.

Débito milionário

O projeto Venus oferece empréstimos no ramo de DeFi, baseando-se na Binance Smart Chain (BSC). O token XVS é utilizado como colateral, devendo o colateral sempre ser maior do que o valor emprestado pela plataforma.

A súbita alta no XVS permitiu que usuários pegassem quantidades maiores de criptomoedas, como Ethereum e Bitcoin.

Quando o preço começou a declinar, os contratos ficaram “subcolateralizados”. Ou seja, o colateral em XVS fornecido foi menor do que realmente deveria ser alocado.

O problema, curiosamente, foi que o protocolo funcionou conforme previsto. Usuários ficaram com suas novas criptomoedas, enquanto o colateral restante foi liquidado.

Consequentemente, o Venus contraiu um débito de aproximadamente US$ 95 milhões, cerca de R$ 502,4 milhões. Em criptomoedas, o déficit corresponde a 2.000 BTC e 5.700 ETH.

Por conta deste “rombo” no protocolo, o Venus não pode coletar os valores devidos pelos usuários.

“Esses fundos aqui foram perdidos não por aqueles que deveriam se tornar vítimas da liquidação, mas por usuários comuns do protocolo que depositam dinheiro nele”, disse Igor Igamberdiev, analista do The Block Research.

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Juliana Nascimento

Jornalista com ascendente em áries que curte board games, livros e séries/filmes.

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