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Tether, emissora da USDT, tem lucro de R$ 3,6 bilhões no 4º trimestre de 2022

A Tether, emissora da maior stablecoin em valor de mercado, a USDT, informou nesta quinta-feira (09), em seu mais recente último relatório de atestado de reservas, que obteve um lucro de US$ 700 milhões no quarto trimestre de 2022. Ou seja, cerca de R$ 3,6 bilhões na cotação atual em reais. Conforme destacou a Tether, esse lucro líquido foi adicionado às reservas da empresa.

O relatório de garantia da emissora da USDT foi elaborado pela BDO, uma das cinco principais empresas de contabilidade pública independente do mundo.

Tether reduz empréstimos garantidos

Ainda segundo a empresa, o relatório mostrou que, além de reduzir os seus empréstimos garantidos, conforme comprometido, a Tether encerrou 2022 com zero papel comercial. Além disso, o balanço mostra US$ 67 bilhões (R$ 348 bilhões) em ativos totais consolidados e US$ 66 bilhões (R$ 343 bilhões) em passivos. Ou seja, há uma reserva excedente de pelo menos US$ 960 milhões (cerca de R$ 5 bilhões).

“As reservas do Tether permanecem extremamente líquidas, com a maioria de seus investimentos sendo mantidos em caixa, equivalentes a caixa e outros depósitos de curto prazo. Este último relatório demonstra seu compromisso com a transparência e destaca uma redução de US$ 300 milhões em empréstimos garantidos, mais de US$ 700 milhões de lucro líquido adicionado às reservas da empresa no último trimestre de 2022 e a maior porcentagem até o momento de ativos alocados em Letras do Tesouro dos EUA, com exposição de mais de 58%”, disse a empresa.

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Em dezembro do ano passado, a Tether prometeu remover todos os empréstimos garantidos de seu apoio em 2023. Isso ocorreu depois que o Wall Street Journal disse que a lista crescente de empréstimos da empresa poderia torná-la incapaz de pagar os resgates em caso de crise. E, de fato, a Tether parece ter cumprido essa promessa, com a redução de seus empréstimos garantidos em cerca de R$ 1,5 bilhão.

Ardoino destaca transparência da Tether

De acordo com o diretor da Tether, Paolo Ardoino, o relatório mostra que a empresa “continua cumprindo a promessa de liderar a indústria em transparência”.

“Após um final tumultuado de 2022, a Tether provou mais uma vez sua estabilidade, sua resiliência e sua capacidade de lidar com mercados de baixa e eventos de cisne negro, diferenciando-se dos maus atores da indústria”, disse o CTO.

Ardoino destacou que a empresa foi capaz de “executar suavemente” mais de US$ 21 bilhões em resgates durante os eventos caóticos do ano. E, além disso, emitiu mais de US$ 10 bilhões em USDT. Segundo ele, esta é uma indicação de crescimento orgânico contínuo e adoção da Tether.

Vale destacar que a Tether eliminou o papel comercial de suas reservas em outubro de 2022. Os seus ativos incluem títulos corporativos, fundos e metais preciosos. A USDT da Tether é a maior stablecoin do mercado, com uma oferta de mais de 68 bilhões de tokens.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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