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Tether anuncia novo parceiro bancário e confirma lastro e compromisso do USDT

Depois de um período de turbulência que abalou a já frágil credibilidade do Tether (USDT), a empresa anunciou que está operando com um novo parceiro bancário, o Deltec Bank & Trust, com sede em Bahamas. Recentemente, devido à uma “crise” envolvendo a quebra no lastro do ativo, que chegou a ser negociado por US$0,92 (sendo que ele é supostamente fixado em US$1), cerca de 500 milhões de unidades de USDT foram destruídos e, portanto, retirados de circulação.

“A Tether Limited tem o prazer de confirmar que estabeleceu uma relação bancária com a Deltec Bank & Trust Limited (“Deltec”), uma instituição financeira de 72 anos com sede na Comunidade das Bahamas. A aceitação da Tether Limited como um cliente da Deltec veio após a análise de due diligence da nossa empresa. Isso incluiu, principalmente, uma análise de nossos processos, políticas e procedimentos de conformidade; uma verificação completa dos acionistas, beneficiários finais e diretores da nossa empresa; e avaliações de nossa capacidade de manter a paridade do USD a qualquer momento e nossas políticas de gestão de tesouraria. Este processo de due diligence foi realizado durante um período de vários meses e gerou resultados positivos, o que levou à abertura da nossa conta bancária com esta instituição”, diz o comunicado oficial.

A “troca” de parceiro bancário da Tether foi necessária pois a empresa, que alegava ter seus dólares em custódia no Noble Bank de Porto Rico, se viu em uma situação complicada quando o banco porto-riquenho anunciou que estava à venda devido a dificuldades financeiras.

Como tem mostrado o Criptomoedas Fácil, o Tether é talvez um dos criptoativos que mais divide opiniões no ecossistema das criptomoedas. Enquanto grandes figuras do mercado como o investidor Mike Novogratz alegam que a empresa “não faz um bom trabalho em termos de transparência”, outros importantes players, como Joseph Lubin, cofundador do Ethereum, afirmam que os tokens emitidos pela Tether (USDT) são perfeitamente confiáveis e possuem dólares fiduciários como lastro.

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Em uma análise exclusiva feita para o Criptomoedas Fácil, Paulo Boghosian, instrutor do curso de investimento focado em Bitcoin e criptomoedas chamado “Investimento em Criptoativos”, da Blockchain Academy, o movimento em torno do USDT é bem preocupante.

“A novela está longe de estar resolvida. Ainda existe o risco iminente do Tether. Resta saber se é um problema de liquidez, ou de insolvência. Na minha opinião se tivermos um problema de insolvência, o mercado será impactado significativamente, porém em se tratando de problema de liquidez, será possível remediar rapidamente até porque o mercado já se antecipou e hoje já existem outras opções de stablecoin (TrueUsd, Gemini, Pax, USDC) para garantir a liquidez do mercado”, destacou Boghosian.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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