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Tether afirma que o USDT possui reserva de 100% de seus tokens

Em resposta ao que chamou de “artigo defeituoso”, a Tether, responsável pelo USDT, principal stablecoin do mercado de criptoativos, afirmou, mais uma vez, que seu token é totalmente lastreado pelas reservas da Tether. A declaração foi feita na última quinta-feira, 07 de novembro, no site oficial da stablecoin, conforme reportou o portal Coindesk

A publicação original diz:

“É importante ressaltar que os autores [do artigo] não possuem ou referenciam dados que contestem que a Tether possui reservas suficientes para fazer backup de emissões de tokens em circulação.”

O que diz o artigo

O artigo criticado pela Tether foi escrito pelo professor de finanças da Universidade do Texas John Griffin e pela instrutora da Ohio State University Amin Shams. Eles alegaram que um único endereço da exchange Bitfinex foi responsável por manipular o mercado de Bitcoin em 2017, provocando uma alta sem precedentes. 

A resposta

De acordo com a nota oficial, o artigo é uma atualização “aguada e embaraçosa” e que ainda sofre dos mesmos defeitos metodológicos da publicação feita pela primeira vez em 2018. Para a Tether, as conclusões carecem de um conjunto de dados completos e os autores demonstram uma falta de entendimento fundamental do mercado de criptomoedas e da demanda que impulsiona as compras do token da Tether. 

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“É fácil reduzir o aumento no preço do Bitcoin em 2017 para termos tão simplistas. Também é um insulto aos milhões de pessoas em nossa comunidade que acreditam nos princípios sólidos que regem a economia da moeda digital. A Tether e suas afiliadas nunca usaram tokens ou emissões de Tether para manipular o mercado de criptomoedas ou preços de tokens”, diz a postagem.

A Tether garantiu ainda que os tokens são “totalmente garantidos por reservas” e são emitidos de acordo com a demanda do mercado. A stablecoin rebateu a acusação de que o objetivo do USDT é controlar o preço dos criptoativos. É informado ainda que as emissões de tokens da Tether quadruplicaram desde dezembro de 2017:

“Esse crescimento não é um produto de manipulação; é o resultado da eficiência, aceitação e utilidade em larga escala da Tether no ecossistema de criptomoedas.”

Controvérsia

O respaldo do USDT garantido pela Tether é um ponto de discórdia. A stablecoin prometeu uma auditoria de suas reservas que não aconteceu porque a empresa rompeu relações com o auditor. Depois disso, produziu um relatório afirmando que possuía mais fundos do que os tokens emitidos. Uma escritura bancária atestaria essas posses.

Esse lastro da Tether ainda é objeto de uma investigação da Procuradoria Geral do Estado de Nova York. A ação investiga um suposto empréstimo por parte da Bitfinex de mais de US$600 milhões da Tether, depois de perder cerca de US$850 milhões para uma exchange.

Entretanto, quando o consultor jurídico Stuart Hoegner declarou que o USDT era lastreado por moeda tradicional e equivalentes à moeda tradicional (títulos de curto prazo) disponíveis, totalizando cerca de US$ 2,1 bilhões (74% do total de ativos em circulação), a Tether sustentou que seus tokens eram totalmente lastreados até abril de 2019.

Segundo a CoinDesk, Hoegner disse que os tokens são atualmente apoiados por reservas:

“De acordo com o site e nossos termos de serviço, nossas reservas incluem moeda tradicional e equivalentes à moeda tradicional e, de tempos em tempos, podem incluir outros ativos e recebíveis de empréstimos feitos pela Tether a terceiros. O valor de 74% refere-se a ativos específicos naquele momento, não às reservas agregadas”, completou Hoegner.

Leia também: Tether vê seu volume diário aumentar para US$36 bilhões após recente queda do Bitcoin

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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