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Tesla não vendeu seus Bitcoins no 1º trimestre de 2023

A gigante de veículos elétricos do bilionário Elon Musk, a Tesla, informou em seu comunicado de resultados que não vendeu nenhum de seus Bitcoins no primeiro trimestre deste ano. Por outro lado, a Tesla também não adquiriu mais BTC neste período. Isso significa que a companhia permanece com os mesmos US$ 184 milhões em Bitcoin, que tinha no final de 2022, em seu caixa. Em reais, isso equivale a cerca de R$ 933 milhões.

Destaca-se que neste ano de 2023, até o momento, a maior criptomoeda do mercado já valorizou mais de 70%, de acordo com dados do CoinGecko. O preço do BTC saltou de US$ 16.615 (R$ 84.254) no dia 1º de janeiro para US$ 28.680 (R$ 145.436) no momento da redação desta matéria. Talvez essa valorização consistente tenha feito a Tesla continuar segurando suas criptomoedas.

Vale notar que, apesar da valorização do preço do BTC e da Tesla não ter negociado o ativo no primeiro trimestre, o valor total (US$ 184 milhões) permanece estável em relação ao trimestre anterior porque as regras contábeis atuais não permitem a contabilização de tais ganhos.

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Tesla, Elon Musk e o Bitcoin

A última transação que a Tesla realizou com Bitcoin ocorreu no segundo trimestre de 2022, no mês de julho, segundo o relatório. Na ocasião, conforme noticiou o CriptoFácil, a empresa de Elon Musk vendeu 75% de suas participações em BTC, ou US$ 936 milhões. De acordo com a Tesla, a venda teve como objetivo ajudar a empresa a lidar com o aumento dos custos de produção. 

O primeiro envolvimento da Tesla com o Bitcoin data do início de 2021, quando a companhia adquiriu US$ 1,5 bilhão em BTC, ou cerca de R$ 7,5 bilhões em valores da época. A notícia impulsionou o preço do Bitcoin que pouco tempo depois atingiu um recorde histórico – até então – de US$ 42.000. 

A primeira venda de BTC da Tesla ocorreu em abril de 2021, quando a empresa liquidou US$ 272 milhões em BTC. Na época, Musk reiterou que a venda teve como objetivo testar a liquidez do mercado, mas que a Tesla seguia confiante na tese de investimento.

Ainda em 2021, a Tesla passou a permitir que os clientes comprassem veículos da empresa em BTC em vez de moeda fiduciária. Naturalmente, isso provocando outro aumento de preço para a criptomoeda. Mas, em maio de 2021, a empresa suspendeu o método de pagamento, apontando o alto consumo de energia da rede como motivo.

Em fevereiro do ano passado, a Tesla reportou que as suas participações na criptomoeda sofreram uma perda líquida de US$ 140 milhões no ano passado. Ou seja, cerca de R$ 710 milhões na cotação do momento. Conforme informou a Tesla, uma perda de US$ 204 milhões (R$ 1,03 bilhão) foi parcialmente compensada por ganhos de US$ 64 milhões (R$ 324 milhões) com a conversão da moeda digital em moeda fiduciária.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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