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O aplicativo de mensagens Telegram está perto de reembolsar totalmente os investidores que compraram o seu falido projeto de blockchain TON.
O reembolso vem quase um ano após o Telegram resolver as acusações de violação da lei de valores mobiliários dos Estados Unidos ao levantar mais de US$ 1 bilhão para o projeto.
De acordo com o jornal russo Vedomosti, o Telegram já iniciou o processo de pagamento. Primeiramente, a empresa irá reembolsar os detentores que não negociaram o token em nenhum momento.
O projeto TON, do Telegram, atraiu investidores de todo o mundo, incluindo os fundos Sequoia, Ribbit Capital e Lightspeed Ventures, além do oligarca russo Roman Abramovich e o ex-membro do governo russo Mikhail Abyzov.
No entanto, antes do lançamento, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) processou o Telegram. O regulador afirmou que a empresa estava com dificuldades financeiras. Por isso, planejava emitir títulos não registrados disfarçados de tokens de utilidade para financiar suas operações.
Em maio do ano passado, o Telegram anunciou a descontinuidade do projeto do TON por “perseguição” dos EUA.
Desde então, os investidores qualificados cobram o ressarcimento dos mais de US$ 1,7 bilhão investidos no projeto.
Ainda em 2019, alguns investidores tentaram, sem sucesso, lançar o projeto sem a participação do Telegram.
Após encerrar o projeto, o Telegram ofereceu aos investidores a possibilidade de receberem 72% do investimento imediatamente. Ou então, poderiam “emprestar” os fundos ao Telegram por um ano e receber 110% de volta em 2021.
Com o novo plano de reembolso, o Telegram avança no projeto de lançar uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) em 2023.
No entanto, Pavel Durov, CEO do Telegram, é conhecido por ser contra compartilhar a propriedade do Telegram.
Esse posicionamento é resultado da dramática queda de braços com acionistas de seu projeto anterior, a rede social Vk.com.
“Se você permitir a entrada de investidores com grande participação e atitude ativa, eles obviamente tentarão controlar a empresa”, disse certa vez.
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