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Telegram cancela planos de lançar oferta inicial de moeda pública

O aplicativo de mensagens Telegram está cancelando a sua oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês). A informação foi passada ao Wall Street Journal por uma fonte anônima nesta quarta-feira, 02 de maio. A oferta do token criado pela empresa estava em sua pré-venda privada e já tinha arrecadado, segundo estimativas, mais de US$1.7 bilhão.

A notícia representa um duro golpe aos potenciais investidores do mercado de criptoativos, os quais tinham uma grande expectativa por parte da oferta, por tratar-se de um produto lançado por uma empresa já consolidada no mercado e que goza de prestígio entre os seus usuários.

Após o anúncio do cancelamento, várias especulações a respeito dos motivos para a atitude começaram a surgir no mercado. Segundo outra fonte anônima, que também relatou ao Journal, uma das razões que levaram ao fechamento foram as regulamentações cada vez mais rigorosas que a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês), a Comissão de Negociação de Ativos e Futuros (CFTC, na sigla em inglês) e outros legisladores propuseram desde que a Telegram começou a planejar uma ICO.

Essas mudanças tem muito a ver com a postura dos órgãos citados. Jay Clayton, diretor da SEC, se posicionou de forma dura contra as ICOs. Em fevereiro, ele afirmou, em um depoimento no congresso norte-americano, que “muitos destes projetos estavam sendo conduzidos de forma ilegal, pois seus condutores não estavam seguindo as leis de negociação de ativos financeiros do país.” Em março, surgiram relatos de que a SEC enviou intimações a dezenas de empresas do segmento de criptoativos, incluindo empresas de tecnologia que haviam lançado ICOs.

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Uma segunda razão, no entanto, pode ter a ver com o grande volume de dinheiro arrecadado na pré-venda privada. A empresa simplesmente teria levantado dinheiro suficiente em vendas privadas, a ponto de não precisar mais de uma ICO pública. A primeira pré-venda do Telegram, em fevereiro, levantou US$850 milhões de 81 investidores. Em março, a empresa afirmou ter conseguido levantar mais US$850 milhões de 94 investidores em uma segunda venda. No total, a Telegram faturou US$1,7 bilhão com menos de 200 investidores privados.

Segundo a empresa, o dinheiro será destinado para o projeto Telegram Open Network (TON), que continuará a financiar a plataforma de mensagens, além de desenvolver novos recursos. A rede seria construída com um livro-razão público de registro de pagamentos, que acabaria por servir como uma alternativa à Visa ou à Mastercard.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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