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Taxa de inflação dos EUA dispara e pode favorecer o Bitcoin

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou, na quarta-feira (10), os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, sigla em inglês) referentes a fevereiro.

Segundo o relatório, o CPI aumentou 0,4% no mês passado. Somado ao crescimento de janeiro, de 0,3%, o ajuste do valor “cheio” dos últimos 12 meses subiu para 1,7%.

Especialistas sinalizam que este cenário acoplado com o novo pacote de estímulos econômicos aprovado pelo governo impacte na valorização do Bitcoin (BTC).

Análise dos números

A taxa da inflação não surpreendeu o mercado. Economistas consultados pelo Wall Street Journal já especulavam este aumento. A alta da gasolina, que subiu 6,9%, foi responsável por mais da metade da variação sazonal do CPI.

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O índice de energia ficou um pouco abaixo do que a estimativa dos especialistas, fechou no aumento de 3,9%.

Além destes setores, os subíndices de abrigo, recreação, assistência médica e seguro de veículos também apresentaram crescimento. Enquanto isso, o CPI de serviços aéreos e turismo continuou a cair.

Após análise dos dados, o economista-chefe da Pantheon dos EUA, Ian Shepherdson, comentou:

“Os preços dos serviços médicos saltaram 2,0% mês a mês […] Mas as tarifas aéreas despencaram 5,1%.

Apesar da alta no preço do combustível de aviação, as tarifas dos quartos de hotel caíram 2,3%, em contraste com o aumento nas tarifas reportado pela STR, Inc. Essas quedas não podem durar.”

Reaquecimento da economia ou altos riscos?

Na quarta-feira, foi aprovado o novo pacote de estímulos do governo Joe Biden. Agora, cabe ao presidente dos Estados Unidos sancionar o projeto.

O objetivo é estimular a economia, enfraquecida devido à pandemia, com a injeção de R$ 12 trilhões.

As notas começarão a ser impressas pelo Sistema de Reservas Federal dos Estados Unidos (Fed, sigla em inglês) quando o presidente Joe Biden sancionar o plano.

Alguns investidores e executivos apontam que o projeto é arriscado e pode gerar efeito contrário. Isso porque a inflação tende a aumentar ainda mais, prejudicando a liquidez das organizações.

Bitcoin como reserva

Estima-se que a alta da inflação impacte na valorização do Bitcoin. Um crescente número de economistas e executivos enxergam no BTC uma forma de proteção contra preços mais altos do mercado.

Prevendo este cenário ou não, Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, e outros investidores, já alocaram parte do patrimônio no criptoativo.

O economista da Navy Federal Credit Union, Robert Frick, alertou ao CoinDesk que por enquanto a inflação está controlada, porém “isso vai mudar”.

“Na primavera passada, quando os preços caíram à medida que a economia afundava em sua recessão mais profunda, desejávamos tempos em que a inflação retornasse […] Esses tempos devem chegar em alguns meses.”

Uma pesquisa do Goldman Sachs sinaliza que 22% dos investidores acreditam que o Bitcoin ultrapassará os US$ 100 mil nos próximos 12 meses.

Enquanto isso, entusiastas e investidores da tecnologia blockchain analisam as perspectivas do mercado através dos números.

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Juliana Nascimento

Jornalista com ascendente em áries que curte board games, livros e séries/filmes.

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