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Taproot é ativado no Bitcoin e brasileiros fazem história com transações no pimeiro bloco

Após cinco meses e dois dias de espera, a atualização Taproot finalmente veio à luz na rede do Bitcoin (BTC). O feito ocorreu no dia 14 de novembro por volta das 04h da manhã (horário de Brasília). Conforme programado, o Taproot foi ativado no bloco 709.632, que contou com 2.035 transações.

Dentre elas, três foram especiais para o público brasileiro, pois foram transações colocados pelos entusiastas João Noctus, Narcélio Filho e Ottosch. Os três contribuíram com as transações número quatro, cinco e seis, respectivamente.

Taproot muda assinaturas e privacidade

A atualização, concluída em 12 de junho, está sendo preparada há sete anos. Ele combina transações complexas com transações simples, com o objetivo de gerar mais privacidade ao BTC. Por exemplo, transações multi-assinatura podem ser condensadas em uma só operação.

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Com isso, torna-se mais difícil identificar quem foi o autor daquela operação. Além da privacidade, as transações ocupam menos espaço, sem sobrecarregar a blockchain. Como resultado, os custos desse tipo de operação devem ficar menores.

Taproot faz isso substituindo o protocolo de assinatura atual do BTC por assinaturas Schnorr. Essas são assinaturas mais rápidas que aumentam a privacidade das transações, bem como facilitam a implementação de contratos inteligentes leves.

Esta foi a primeira grande atualização na rede desde a implementação do SegWit, em 2017. Na ocasião, o SegWit contribuiu para a redução no tamanho de transações, barateando os custos. Mas o principal fator positivo da atualização foi ter aberto caminho para outras soluções de escalabilidade, como a Lightning Network (LN).

Brasileiros fazem história

Para marcar a implementação do Taproot, os três brasileiros fizeram um ato singelo, mas altamente simbólico. Cada um deles programou uma transação para ser aprovada exatamente no bloco 709.632.

Além da transação, pequenas mensagens foram gravadas, confirmando o momento. Conforme a imagem abaixo, as mensagens saíram em cada uma das respectivas transações;

“Fizemos as primeiras transações com Taproot da história! Eu fiz a quinta, com os satoshis que o Márcio Gandra mandou para a Lua. A quarta foi do trouxa do João Noctus me zoando e a sexta foi do Otto”, explicou Narcelio.

“Não tem nada tão especial. É só porque é legal ter uma transação logo no primeiro bloco. Tirar onda sendo o primeiro ou um dos primeiros e escrever alguma mensagem na transação”, explicou Otto.

O ato, apesar de ser meramente simbólico, coloca o Brasil mais uma vez na história do BTC. O próprio Narcelio, aliás, já tinha feito história em junho ao receber uma transação de BTC direto da Lua.

A chegada do Taproot foi comemorada por toda a comunidade. Peter Wuille, desenvolver do Bitcoin Core e um dos apoiadores do Taproot, agradeceu à comunidade pelo apoio. E, de fato, as atualizações não têm sentido, a menos a comunidade faça uso delas. Agora cabe a usuários e desenvolvedores impulsionarem a adoção do Taproot.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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