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Supostos hackers da Minerworld são indiciados nos EUA por roubo de 851 BTC

A defesa da Minerworld — empresa acusada de pirâmide financeira — afirmou que os hackers responsáveis por roubar 851 Bitcoins da plataforma foram indiciados nos Estados Unidos.

Segundo a empresa, esse roubo de quase R$ 57 milhões em BTC que estavam na exchange Poloniex teria resultado nos problemas de fluxo de caixa e no consequente calote aos clientes.

As declarações foram dadas no âmbito da ação civil pública que a Minerworld responde por práticas abusivas. O processo corre na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande (MS).

O que alega a defesa

Conforme noticiou o portal Midiamax na segunda-feira (19), a defesa apresentou ao tribunal uma nota à imprensa traduzida sobre o indiciamento de dois hackers russos.

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De acordo com a defesa, Danil Potekhin e Dmitrii Karasavidi seriam os responsáveis pelo ataque.

Nesse sentido, a defesa sustenta que o caso se refere ao inquérito em que a Minerworld supostamente é vítima.

Entretanto, os documentos juntados não citam diretamente a Minerworld nem a Poloniex. Portanto, não comprovam que a empresa foi vítima dos hackers.

Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, os russos são acusados ​​de fraudar diversas plataformas de criptomoedas e seus clientes em todo o mundo.

O prejuízo deixado por eles entre julho e outubro de 2017 gira em torno de US$ 16,8 milhões (quase R$ 94 milhões).

A defesa destacou que os cibercriminosos russos teriam criados sites para se passar por exchanges como a Poloniex.

Essa prática, como aponta do Departamento de Justiça dos EUA, é conhecida como “phishing” e “spoofing”.

Informações reforçam estratégia da defesa

Embora os documentos não comprovem que a Minerworld foi vítima dos ataques, eles reforçam a estratégia da defesa.

Isso porque a empresa afirma que o roubo dos BTC ocorreu na Poloniex no período descrito pelo Departamento de Justiça.

“Dessa forma, resta devidamente demonstrada a efetiva ocorrência do delito acima narrado, originador dos problemas de fluxo de caixa da Requerida Minerworld SA, deitando por terra quaisquer ilações ou conjecturas do Parquet quanto a veracidade do crime sofrido pela Requerida Minerworld SA e por consequência, os seus sócios”, diz a peça da defesa assinada pelo advogado Rafael Echeverria Lopes.

Sobre a Minerworld

A Minerworld é uma empresa que prometia rendimentos com operações de trader e mineração de Bitcoin.

No entanto, desde 2017 a empresa passou a enfrentar denúncias de calote referentes aos repasses de rendimentos.

Em 2018, a Minerworld foi alvo da operação Lucro Fácil, movida pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul.

Na ocasião, o MPMS emitiu mandados de busca e apreensão na ação que corre na 2ª Vara de Direitos Difusos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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