Startup Weekend Blockchain da Techstars mostrou que o Brasil também é o pais da Blockchain

O Blockchain, Bitcoin, Startup, ICO, etc, são palavras que já estão migrando do universo da tecnologia e atingindo investidores e a população em geral. O Bitcoin, por exemplo, tá tão famoso que já apareceu até no Jornal Nacional, logo vai estar na novelinha da Malhação. Pode parecer brincadeira, mas a verdade é que com a divulgação e toda a mídia que a tecnologia vem recebendo no ultimo ano é praticamente certo uma coisa: O Bitcoin e Blockchain criaram um novo marco tecnológico, afinal, qualquer coisa só ganha relevância e importância quando passa a ser utilizada e tem um uso real perante uma população que ‘adota’ o sistema.

Intensamente conectado com a vanguarda da tecnologia, aconteceu em São Paulo, neste final de semana, 08 a 11 de Dezembro, um dos maiores eventos, tanto para iniciantes, como para iniciados, de Blockchain do mundo, a 2ª edição do Techstars Startup Weekend Blockchain, que contou com a presença de grandes empresas mundiais do setor, além de nomes que estão fazendo história por meio da Cadeia de Blocos.

O foco do evento, foi o desenvolvimento de modelos de negócios utilizando a tecnologia Blockchain para resolver problemas, em apenas 54 horas. E a primeira palestra foi de Edison Osório, do OginalMY, que falou para o público sobre como a Blockchain funciona e como ela pode integrar o mundo por meio de uma rede descentralizada, garantindo mais confiança nos dados (afinal são imutáveis) e eliminando os ‘intermediários’ na circulação da informação, um pequeno preambulo do que estaria por vir.

Foco no desenvolvimento

Mas o foco do Techstars Startup não é apenas o do espectador passivo, mas o de botar a mão na massa e começar a mudar e moldar o mundo, a partir da troca de experiências, desta forma, os participantes tinham que apresentar suas idéias ou ouvir os outros, depois votar nas idéias mais interessantes e formar equipes com diversos conjuntos de habilidades. Sabe aquela ideia que você sempre teve em mente e seus amigos sempre falaram que era loucura, no Techstars é hora de por ela pra rodar em blockchain.

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Os participantes podiam escolher entre as áreas de:  Negócio, Desenvolvimento e Design e depois das ideias apresentadas e debatidas, os participantes escolheram as que entenderam ser mais apropriadas para o desenvolvimento do projeto, finalizando com um total de 10 ideias. Sendo elas, equipes e idéias:  Gamefy; Easy Report (Compliance e certificação); Blocka (Locação de produtos ociosos); Carteira Digital (Mineração); Sportify (Certificação em sports); Bitxcore (Índice de confiabilidade digital); Komus ( Seguradora Digital); Ticketcoin (Plataforma de revenda); Trustvesting (Meritocracia e transparência para seu negócio) e GreenToken (Plataforma de investimento)

Ideia debatidas, temas prontos, era hora de definir os times que poderiam ter no mínimo 3 pessoas e, o mais importante do evento, qualquer participante, ao escolher o time ou propor a ideia, não poderia ter trabalhando nela anteriormente. Além disso, mais de 10 mentores estavam sempre prontos para auxiliar os times e os participantes, algo como, aprenda com os melhores, entre eles: Safiri (Consensys), Edilson (OriginalMy), Rosini (Blockchain Academy), Diego Perez (Latoex), Marcos (Adiq), Juan Bernabó (Teamware & Germinadora), Igor La Luz (Studio La Luz), André Salem (IBM), Gabriel Aleixo (Blockchain Hub), Renato (OriginalMy), Carolina Morandini (Wayra), Gustavo Para (Microsoft), Alex Braz (A*Stars Labs), Leonard (Beyond) e Rodrigo Geribello (Abre Aspas)

Sábado de códigos e pizza

Sexta-feira fechada, times prontos, ideias na cabeça e só os melhores para coordenar, impossível não sair grandes projetos, mas era hora de tirar os códigos da mente e abrir as janelas do computador para transformar a sociedade, e no sábado pela manhã, depois de um coffe break (afinal, a mente também se alimenta de vitaminas, proteínas e carboidratos), os organizadores deram uma breve explicação sobre o funcionamento dos planos e os mentores de diversas áreas ficaram a disposição para auxiliar a todos os grupos. Depois disso as equipes ficaram focadas em definir problemas, validade do produto e produzir o scrum para validarem o MVP do produto para os jurados. O projeto mais aplaudido no sábado foi o da equipe que providenciou a pizza pra galera, prova de que na maioria dos casos, as grandes ideias são as mais simples. 

Apresentações e premiação

Domingo, era o dia final do evento, e as equipes estavam focadas em apresentar suas soluções, todos estavam na ‘vibe’ para fazer o melhor, afinal os pitchs iriam acontecer as 18 horas.  Antes de acontecer o pitch oficial para os jurados, os organizadores realizaram um pré-pitch de 4 minutos para auxiliar melhor a equipe com feedbacks positivos e negativos sobre o projeto atual, após o pré pitch a equipe teria que entregar o projeto final em PDF até as 16:30 sem possibilidade de mudanças, bem no espírito blockchain, enviou, não pode mais mudar.

E então, as 18h começaram as apresentações para os jurados convidados: Guilherme Horn (Accenture), Helena Margarida, João Canhada (Foxbit) e Roberto Martini (Flagcx). Cada equipe teve 4 minutos para apresentar o projeto e depois os jurados tinham 3 minutos para realizar perguntas ou tirar dúvidas sobre o que foi apresentado. Todas as equipes mostraram um dinamismo e um comprometimento tremendo, talvez porque os mentores estão entre os melhores no universo blockchain, ou talvez porque ali estava reunida uma galera com vontade de mudar o status das coisas e escrever seu nome no mesmo patamar de Gates, Jobs, Nakamoto, Vitalik, entre outros, ou talvez, tudo isso e mais outras coisas, que afinal definem o Startup Weekend Blockchain como um dos mais importantes do mundo.

Após todas a apresentações os jurados definiram os vencedores, e a equipe que levou o prêmio principal foi a startup Komus , que trabalhou durante todo o hackathon com a temática de Seguradora Digital. A equipe levou para casa, além de 1 ETH, 6 Cursos FoxBit Educação, Ingressos para Festa da Comunidade ZerOnze e 1 Ano de AbStartups. Mas, num evento como este, com o nível de qualidade dos projetos do Startup Weekend Blockchain, todos tem potencial para ir além do tradicional roteiro do vencedor/melhor, tanto é assim que o time da Blocka já até vendeu o produto que criou durante o evento.

Iniciativas como esta da Techstars são imensamente importantes para incentivar o desenvolvimento dos talentos nacionais, temos muitos brasileiros envolvidos em projetos de Tokens ERC-20, e na criação de criptomoedas nativas, com linguagem e blockchains próprias, além de desenvolvedores muito talentosos trabalhando e criando aplicações em Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Realidade Virtual e tantos outros campos tecnológicos. O chamado país do futebol também é o pais dos bytes e dados e este país, as vezes escondido em quartos durante a madrugada, precisa cada vez mais vir a tona para auxiliar na mudança deste país que acorda, todos os dias, com as noticias sobre a falta de transparência.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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