Startup usará energia de Itaipu para minerar Bitcoin no Paraguai

 

A Bitfury, startup norte-americana que atua no mercado de Bitcoin, anunciou que usará a energia da hidroelétrica de Itaipu para minerar Bitcoin no Paraguai. Em dezembro do ano passado, o país já havia divulgado que tinha planos de criar a maior fazenda de mineração de BTC do mundo em um projeto chamado “Golden Goose” (Ganso de Ouro, em tradução livre).

Segundo a Bitfury, o projeto será executado junto com a Commons Foundation e prevê a construção de um centro de mineração de Bitcoin de 200.000m², área equivalente a mais de 18 campos de futebol na medida oficial da FIFA.

O projeto contará com uma subestação de energia elétrica de 500 MW, sendo que 30% da receita do centro de mineração será distribuída aos detentores de um token desenvolvido para o projeto, o Gold Goose token (GOLD).

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“O Paraguai está explorando maneiras criativas de usar tecnologias emergentes, como blockchain e criptomoedas, para beneficiar sua economia e seus cidadãos, e essa parceria com aliados estratégicos como a Commons Foundation e Bitfury fornecerá a infra-estrutura que lhes permite avançar esses esforços”, disse Sandra Otazú Vera, advogada e assessora da Commons Foundation.

A nação paraguaia é um conhecido centro de eletricidade barata na América do Sul e abriga a segunda maior usina hidroelétrica do mundo, a usina de Itaipu, construída pelo Brasil em um acordo bi-nacional que previa fornecimento em condições especiais para a nação brasileira, devido ao montante de energia gerado pela usina ser muito menor do que o consumido pelo país (estimativas apontam que o Paraguai consome apenas 20% da energia gerada pela usina).

No entanto, a energia pode ficar ainda mais barata no Paraguai, pois o acordo com o Brasil vence em breve e, desta forma, o excedente energético poderia ser vendido para outras empresas com preços especiais. Essa avaliação tem atraído o interesse de grande grupos de mineração, como a Bitmain que também vem estudando o país.

Uma das mineradoras mais conhecida no Paraguai, a CoinPy, é operada pelo empresário brasileiro Rocelo Lopes, CEO da Stratum CoinBr.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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